Com uma área de 37,5 mil hectares cultivados e produtividade estimada em 3,2 mil quilos por hectare, o Rio Grande do Sul deve produzir 121,2 mil toneladas de cevada. O volume, que já caracteriza uma supersafra da cultura, pode ser ainda maior, visto que os resultados da colheita ainda estão em andamento. Além disso a classificação e a qualidade têm sido os grandes diferenciais nas lavouras neste ano.
As regiões com maior destaque são Frederico Westphalen, onde a colheita está praticamente encerrada, Ijuí, com 80% das lavouras colhidas e produtividade de 3 mil quilos a 4 mil quilos por hectare, e Soledade, onde a produtividade em muitas lavouras chega a 4,8 mil quilos por hectare.
"Se destaca a ótima qualidade do grão, com classificação classe 1 e germinação acima de 96%, ideais para malte cervejeiro", ressalta Gilceu Cippolat, gerente de Classificação e Certificação da Emater-Ascar.
A autarquia presta serviços de classificação à Ambev há 21 anos, analisando itens como matéria estranha e impurezas, umidade e proteína, realizando testes de micotoxina (desoxinivalenol) e calculando o poder germinativo do produto. Após todo esse processo, o produto é encaminhado aos armazéns da Pradozem, maior empresa da América Latina em armazenagem de grãos, onde é segregada por silo, conforme sua qualidade.
A cevada classificada é levada para as cervejarias, a fim de serem maltadas e repassadas para a produção de cervejas. Para que seja maltada, a cevada deve ter 95% de poder germinativo, caso contrário, é utilizada para rações.
Única Instituição a classificar toda a cevada produzida no Rio Grande do Sul, a Emater iniciou o controle no dia 24 de outubro, devendo encerrar em 15 de janeiro. O trabalho, realizado por 20 técnicos classificadores na unidade da Ambev em Passo Fundo, tem rastreabilidade em todo o processo, desde a produção do grão, e certificações internacionais que atestam sua qualidade.