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Agricultura

- Publicada em 04 de Outubro de 2022 às 16:41

Fim do vazio sanitário da soja no RS libera semeadura em 11 de outubro

Sem a interferência negativa do clima,  expectativa de produção é de 20,1 milhões de toneladas

Sem a interferência negativa do clima, expectativa de produção é de 20,1 milhões de toneladas


WENDERSON ARAUJO/TRILUX/DIVULGAÇÃO/JC
Claudio Medaglia
Um olho na terra, outro no calendário. Nesse clima de expectativa os sojicultores gaúchos têm se preparado para o dia 11 de outubro, quando começa o período oficial de semeadura da cultura no Estado. É assim desde 13 de julho, quando se iniciou, pela primeira vez na história do Rio Grande do Sul, o período de vazio sanitário para a cultura, determinado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Um olho na terra, outro no calendário. Nesse clima de expectativa os sojicultores gaúchos têm se preparado para o dia 11 de outubro, quando começa o período oficial de semeadura da cultura no Estado. É assim desde 13 de julho, quando se iniciou, pela primeira vez na história do Rio Grande do Sul, o período de vazio sanitário para a cultura, determinado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A proibição de semeadura termina à meia-noite de 10 de outubro no Estado, e as plantadeiras podem entrar em ação no segundo seguinte, em uma área estimada em 6,5 milhões de hectares, conforme a Emater-RS. O número é 2,8% maior que o verificado na safra passada.
Ainda de acordo com a autarquia estadual, em condições adequadas de clima, a expectativa de produção é de 20,1 milhões de toneladas, 124% superior as 9,1 milhões de toneladas colhidas na temporada 2021/2022. A produtividade projetada é de 3,1 mil quilos por hectare, 112,6% sobre a média de rendimento obtida na temporada anterior, de 1.472 quilos por hectare.
O vazio sanitário - período em que é proibido manter nas lavouras plantas vivas de soja, a fim de evitar a proliferação do fungo causador da ferrugem asiática – já é adotado em todo o País, como forma de prevenção. O cuidado é importante para proteger o bolso do produtor, uma vez que a doença provoca o desfolhamento precoce da planta e prejudica a formação do grão. A queda na produtividade pode chegar a 90%.
A duração da restrição de plantio é de 90 dias e leva em conta o tempo máximo de sobrevivência dos esporos no ar, que é de 55 dias. Pela norma do Mapa, todas as plantas deveriam ser destruídas após a colheita do começo do ano. Se a geada não eliminasse a matéria verde, o agricultor deveria adotar a aplicação de produtos químicos ou outros métodos.
O descumprimento ocasionaria aplicação de multa. Mas neste primeiro ano da regra no Estado, os produtores não foram penalizados. Ainda que algumas áreas tenham desrespeitado a determinação, as equipes que fazem a fiscalização das lavouras têm optado por um trabalho de conscientização, explica o coordenador da área de Culturas da Emater-RS, Elder Dal Prá.
“O Rio Grande do Sul tem uma grande diversidade climática, e na Fronteira-Oeste o inverno foi menos severo em 2022. Verificamos a existência de algumas plantas nessa região, e deveria ter ocorrido ação humana. Estamos adotando uma postura educativa, porque a incidência da doença vai ocorrer. A questão é em que nível”, observa o agrônomo.
A ferrugem asiática da soja foi verificada no Rio Grande do Sul e no Brasil há cerca de duas décadas. A chance de incidência aumenta na proporção da ocorrência de umidade elevada, chuvas e altas temperaturas.
Mas apesar de ter ingressado apenas neste ano no calendário de adoção do período de vazio sanitário, o Estado já oferece aos produtores ferramentas de proteção às lavouras da enfermidade. Há quatro anos, o Programa Monitora Ferrugem RS, coordenado pela Emater e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, mantém pontos de coleta de amostras para monitorar o surgimento de esporos em lavouras de todas as regiões produtoras. Na safra passada foram 50 coletores em áreas de produtores parceiros.
“Semanalmente, divulgamos boletins ao produtor. E todos os dias disponibilizamos um mapa de previsibilidade da doença, com base nas condições climáticas. O sistema permite a formação de parâmetros de referência para a eventual necessidade de uso de fungicidas, bem como para a definição dos intervalos entre as aplicações. Não existe iniciativa tão completa como essa no País”, orgulha-se Dal Prá.
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