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Avicultura

- Publicada em 04 de Agosto de 2022 às 18:52

Missão dos EUA no RS abre portas para viabilizar comércio com maior produtor de frango do mundo

Estados Unidos sofre recorrentemente com surtos de gripe aviária

Estados Unidos sofre recorrentemente com surtos de gripe aviária


Preston Keres/USDA/JC
Oficiais do Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estiveram no Rio Grande do Sul durante esta semana. O objetivo da missão era auditar o sistema de defesa animal de granjas gaúchas e de outros seis estados brasileiro quanto à seguridade de criação e produção de frango no País. A visita técnica é considerada, pelo setor avícola, um importante passo para uma futura abertura de mercado com o maior produtor de frango do planeta. Atualmente, os Estados Unidos não importam carne de frango brasileira nem ovos produzidos no País. Os norte-americanos produzem mais de 20 milhões de toneladas de frango por ano e sua população tem o maior consumo absoluto mundial deste tipo de proteína.A visita também não teve como objetivo a abertura de comércio bilateral entre as duas nações no setor, como explica a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola (Pesa), fiscal estadual agropecuária Ananda Paula Kowalski: “Estão auditando o sistema de defesa sanitária animal brasileiro, com enfoque para a doença de Newcastle. Temos como oferecer as garantias sanitárias do que produzimos e do que exportamos”. As associações que representam a avicultura, contudo, encaram a inspeção como um passo importante para uma possível relação comercial entre os países no futuro. “É uma auditoria bastante importante. Um dos passos visando uma futura abertura de mercado. A possibilidade é real. Nos EUA, a preferência do consumidor é pelo peito de frango. É o corte nacional. O Brasil poderia, por exemplo, entrar apoiando e exportando cortes específicos, como o peito. Uma complementaridade”, aponta Luís Rua, diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Motivos para o otimismo não faltam. Além do Brasil ser líder no mercado internacional como maior exportador de frangos no mundo, é menos afetado por fatores externos do que os vizinhos do continente.“Os EUA são um país bastante avançado em matéria de avicultura, mas que sofre com influenza aviária e outros acontecimento, como a crise na União Europeia e a tensão com a China. Acreditamos que eles vêm porque o Brasil está na vitrine como um grande produtor e fornecedor de alimentos. No caso de outras crises futuras (sanitárias ou diplomáticas), é importante terem vindo para reconhecer o sistema do Brasil e ter o país futuramente como um parceiro fornecedor”, destaca o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos.Entre março e abril, os EUA registraram 400 surtos e mais de 35 milhões de casos de influenza aviária de alta patogenicidade em aves de 28 estados. Este é o maior surto de “bird flu” desde 2015, quando a doença afetou quase 50 milhões de aves no país. Enquanto isso, o Brasil nunca registrou casos de gripe aviária e, desde 2006, não há ocorrência da doença de Newcastle na avicultura brasileira. Os norte-americanos foram recepcionados em Porto Alegre pelo secretário adjunto da Agricultura, Rodrigo Rizzo, e pela equipe do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA). Após o encontro na Capital, a missão seguiu com visitas a granjas em Montenegro, Pareci Novo e São José do Sul. O grupo também esteve na Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).Atualmente, a atividade avícola está presente em 376 estabelecimentos, em 4.578 granjas de corte e em 291 granjas de postura comercial, no Rio Grande do Sul.
Oficiais do Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estiveram no Rio Grande do Sul durante esta semana. O objetivo da missão era auditar o sistema de defesa animal de granjas gaúchas e de outros seis estados brasileiro quanto à seguridade de criação e produção de frango no País. A visita técnica é considerada, pelo setor avícola, um importante passo para uma futura abertura de mercado com o maior produtor de frango do planeta.

Atualmente, os Estados Unidos não importam carne de frango brasileira nem ovos produzidos no País. Os norte-americanos produzem mais de 20 milhões de toneladas de frango por ano e sua população tem o maior consumo absoluto mundial deste tipo de proteína.

A visita também não teve como objetivo a abertura de comércio bilateral entre as duas nações no setor, como explica a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola (Pesa), fiscal estadual agropecuária Ananda Paula Kowalski: “Estão auditando o sistema de defesa sanitária animal brasileiro, com enfoque para a doença de Newcastle. Temos como oferecer as garantias sanitárias do que produzimos e do que exportamos”.

As associações que representam a avicultura, contudo, encaram a inspeção como um passo importante para uma possível relação comercial entre os países no futuro. “É uma auditoria bastante importante. Um dos passos visando uma futura abertura de mercado. A possibilidade é real. Nos EUA, a preferência do consumidor é pelo peito de frango. É o corte nacional. O Brasil poderia, por exemplo, entrar apoiando e exportando cortes específicos, como o peito. Uma complementaridade”, aponta Luís Rua, diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Motivos para o otimismo não faltam. Além do Brasil ser líder no mercado internacional como maior exportador de frangos no mundo, é menos afetado por fatores externos do que os vizinhos do continente.

“Os EUA são um país bastante avançado em matéria de avicultura, mas que sofre com influenza aviária e outros acontecimento, como a crise na União Europeia e a tensão com a China. Acreditamos que eles vêm porque o Brasil está na vitrine como um grande produtor e fornecedor de alimentos. No caso de outras crises futuras (sanitárias ou diplomáticas), é importante terem vindo para reconhecer o sistema do Brasil e ter o país futuramente como um parceiro fornecedor”, destaca o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos.

Entre março e abril, os EUA registraram 400 surtos e mais de 35 milhões de casos de influenza aviária de alta patogenicidade em aves de 28 estados. Este é o maior surto de “bird flu” desde 2015, quando a doença afetou quase 50 milhões de aves no país. Enquanto isso, o Brasil nunca registrou casos de gripe aviária e, desde 2006, não há ocorrência da doença de Newcastle na avicultura brasileira.

Os norte-americanos foram recepcionados em Porto Alegre pelo secretário adjunto da Agricultura, Rodrigo Rizzo, e pela equipe do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA). Após o encontro na Capital, a missão seguiu com visitas a granjas em Montenegro, Pareci Novo e São José do Sul. O grupo também esteve na Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Atualmente, a atividade avícola está presente em 376 estabelecimentos, em 4.578 granjas de corte e em 291 granjas de postura comercial, no Rio Grande do Sul.

Expedição chilena a granjas gaúchas deve ocorrer até setembro

É esperada para até o final de setembro uma visita técnica do Chile a granjas, possivelmente começando pelo Rio Grande do Sul, para concretizar a abertura de comércio para a exportação de frango. A expectativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é de que este novo mercado esteja aberto ainda em 2022.

“Até o final do ano, se tudo ocorrer bem, o Rio Grande do Sul estará exportando carne de frango para o Chile”, afirmou o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

“A previsibilidade é de que no próximo mês, no final de agosto ou já em setembro, uma visita técnica do Chile chegue ao Estado. Estamos bastante confiantes”, salientou Rua. O Chile é um novo destino que está mais próximo de ser incluído no rol de nações que importam carne de frango brasileira.

Na suinocultura, há negociações avançadas com Coreia do Sul e Japão, e as conversas avançaram principalmente após o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) do Rio Grande do Sul como Estado livre de febre aftosa sem vacinação.