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Comércio exterior

- Publicada em 01 de Agosto de 2022 às 18:42

Brasil tem tendência de exportação recorde de carne de frango em 2022

Alta no mercado internacional deve ser refletida na avicultura gaúcha

Alta no mercado internacional deve ser refletida na avicultura gaúcha


DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP/JC
Diego Nuñez
O País deve ter um novo recorde de exportações de carne de frango até o final de 2022. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os embarques tendem a crescer 6% neste ano, ultrapassando 4,7 milhões de toneladas. O recorde anterior ocorreu no ano passado, com 4,467 milhões de toneladas de carne de frango vendidas ao exterior durante de 2021.
O País deve ter um novo recorde de exportações de carne de frango até o final de 2022. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os embarques tendem a crescer 6% neste ano, ultrapassando 4,7 milhões de toneladas. O recorde anterior ocorreu no ano passado, com 4,467 milhões de toneladas de carne de frango vendidas ao exterior durante de 2021.
Como resultado de um crescimento vertiginoso e sólido no mercado internacional nos últimos 26 anos, o Brasil é, com ampla vantagem, o maior exportador de carne de frango do mundo. Os Estados Unidos devem exportar 3,38 milhões de toneladas do produto neste ano, segundo dados do Departamento de Agricultura do país (USDA), e a União Europeia deve diminuir em quase 10% o volume de frango destinado ao mercado externo, com previsão de exportação de 1,67 milhões de toneladas.
O crescimento brasileiro para atingir domínio no mercado foi exponencial. Em 1996, o País exportou 569 mil toneladas de carne de frango. Em 2002, foram 1,26 milhões de toneladas. Em 2007, o setor já dobrava este número, com 3,28 milhões de toneladas embarcadas. Em 2015, a avicultura nacional ultrapassou a barreira das 4 milhões de toneladas pela primeira vez, com vendas de 4,22 milhões de toneladas.
A alta deve ser refletida também no Rio Grande do Sul. Detentor de uma parcela de cerca de 15% das exportações brasileiras, o Estado deve alcançar um crescimento médio de 5% a 7%, segundo a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
“Já vimos um crescimento de 8% no primeiro semestre, chegando a 375 mil toneladas. Viemos acompanhando todos os meses e todos vem acusando um crescimento médio na ordem 5%, 6%, 7%. A tendência, permanecendo isso, é sim fechar o ano com um crescimento médio de 7% a 8%, mantendo esse cenário”, afirma o presidente da Asgav, José Eduardo dos Santos.
Segundo ele, a alta é puxada pelo cenário internacional, com a crise na União Europeia decorrente do conflito entre Rússia e Ucrânia e os surtos de gripe aviária de alta patogenicidade, que provocaram o sacrifício de milhões de aves na Europa e nos Estados Unidos.
Também é esperado um aumento para os embarques de carne bovina, prevista para a ordem de 15%, sendo estimado em 2,84 milhões de toneladas. Já o mercado de suínos apresenta uma desaceleração, principalmente pelo mercado chinês que vem recuperando paulatinamente sua produção. Com isso, as exportações apontam para uma ligeira queda de aproximadamente 2%, e sendo estimada em pouco mais de 1 milhão de toneladas.
Diante de uma produção estável em torno de 28 milhões de toneladas e mesmo com o aumento nas vendas ao mercado externo de aves e bovinos, a disponibilidade per capita de carnes no país se mantém acima de 90 quilos por ano - volume que garante o abastecimento brasileiro.
Para aves, a produção se mantém próxima a 15 milhões de toneladas, o que garante uma disponibilidade per capita de 48,6 quilos por habitante no ano. O índice, que atingiu o maior nível no ano passado chegando a 50,5 kg por pessoa, apresenta uma ligeira queda de 3%, dada a pequena redução da oferta, aumento das exportações e crescimento da população brasileira.
No caso de suínos, é esperada a maior produção para a série histórica, sendo estimada em 4,84 milhões de toneladas, um acréscimo de cerca de 3% na oferta do produto quando comparado com 2021. Esse cenário contribui para a tendência de leve aumento na disponibilidade per capita de carne suína no mercado brasileiro, saindo de 16,9 para 17,5 kg por habitante/ano, o que implica em maior oferta e pressão de baixa para os preços do produto.
Já a produção de carne bovina tende a manter o comportamento de redução na oferta, uma vez que a demanda no mercado interno está desaquecida. Ainda assim, devem ser produzidas 8,1 milhões de toneladas de carnes com expectativa para que a disponibilidade per capita fique em torno de 25 quilos por habitante/ano. O País já chegou a ultrapassar a produção anual de 10 milhões de toneladas em 2006 e 2007.
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