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ELEIÇÕES 2022

- Publicada em 19 de Maio de 2022 às 18:14

A dois meses das convenções, RS já tem 11 pré-candidatos ao Piratini

Maioria das siglas já tem pré-candidato, mas novos nomes ainda podem entrar na disputa ao governo

Maioria das siglas já tem pré-candidato, mas novos nomes ainda podem entrar na disputa ao governo


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A dois meses do início do prazo para realização das convenções partidárias - permitidas entre 20 de julho e 5 de agosto-, que formalizarão coligações e candidaturas às eleições de outubro, pelo menos 11 pré-candidatos já se apresentaram para a disputa ao Palácio Piratini. O mais recente deles, o ex-deputado Vieira da Cunha (PDT), foi confirmado nesta quarta-feira (18) pela executiva estadual da legenda, após a retirada de campo do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, visto até então como 'candidato dos sonhos' entre os pedetistas.
A dois meses do início do prazo para realização das convenções partidárias - permitidas entre 20 de julho e 5 de agosto-, que formalizarão coligações e candidaturas às eleições de outubro, pelo menos 11 pré-candidatos já se apresentaram para a disputa ao Palácio Piratini. O mais recente deles, o ex-deputado Vieira da Cunha (PDT), foi confirmado nesta quarta-feira (18) pela executiva estadual da legenda, após a retirada de campo do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, visto até então como 'candidato dos sonhos' entre os pedetistas.
Os próximos passos do tabuleiro político focarão na composição de alianças e da chapa majoritária. Até o momento, apenas uma já está completa, a liderada pelo senador Luis Carlos Heinze (PP), que concorrerá ao governo estadual tendo a vereadora Tanise Sabino (PTB) como vice e a vereadora Comandante Nádia (PP) na briga por uma vaga ao Senado.
Das demais 10 pré-candidaturas ao governo gaúcho, o PT, que tem o deputado estadual Edegar Pretto como pré-candidato, e o PSB, que lançou o ex-deputado federal Beto Albuquerque, ainda podem surpreender e se unir em torno de um dos nomes, tese defendida pelas instâncias partidárias como forma de valorizar e dar sustentação a uma candidatura do campo de esquerda, o que favoreceria a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto. No entanto, nenhum dos dois nomes têm se manifestado favorável à retirada. Não está descartada, também, a possibilidade de uma composição de Beto com Vieira da Cunha como vice, na tentativa de fortalecer a candidatura de Ciro Gomes à presidência.
Outro partido que também poderá mexer a peça principal do jogo é o PSDB, que até então tem como pré-candidato o atual governador Ranolfo Vieira Júnior. Segmentos tucanos sonham em ter o ex-governador Eduardo Leite novamente na disputa ao Executivo, principalmente depois que ele renunciou ao cargo para se firmar nacionalmente como potencial nome de terceira via, mas esbarrou no desacerto interno da sigla, que já tinha escolhido em prévia o governador de São Paulo, João Doria. Nesta quarta, no entanto, o PSDB praticamente fechou questão em torno do nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para a presidência da República, em uma aliança das duas siglas com o Cidadania.
No Estado, o MDB, após acirramento interno que envolveu nomes como dos deputados Alceu Moreira, Gabriel Souza, e do vereador Cezar Schirmer, fechou a questão em torno de Souza, ex-presidente da Assembleia Legislativa e uma jovem liderança em ascensão no partido, validado pelo diretório estadual.
As candidaturas de direita contam ainda com o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) em campo, um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro no Rio Grande do Sul, que, assim como Heinze, dará palanque estadual ao mandatário da República, que disputará a reeleição. Onyx, que terá o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) como candidato ao Senado, almeja ter como vice na chapa um nome do recém-criado União Brasil, no caso o presidente da sigla no Estado, o ex-deputado Luiz Carlos Busato.
Siglas com representatividade menor no Estado também já apresentaram pré-candidatos: o PSOL lançou o vereador Pedro Ruas ao governo; o Novo confirmou na semana passada o nome de Ricardo Jobim ao Piratini; o Patriotas tem o líder comunitário Marco Della Nina indicado para a disputa; e o PSC conta com o empresário Roberto Argenta para a disputa. Por serem siglas de menor potencial eleitoral, ainda podem se unir em torno de um nome, reduzindo o número de postulantes ao governo gaúcho.
Legendas, federações e coligações têm, no entanto, até 15 de agosto para registrarem seus candidatos, o que sinaliza que os próximos três meses serão ainda de muita movimentação nos bastidores políticos.

Atuais pré-candidatos ao governo do RS:

Beto Albuquerque (PSB) - O ex-deputado federal Beto Albuquerque é o pré-candidato ao governo do Estado pelo PSB. O partido ainda poderá compor uma candidatura única com outras siglas como o PT ou PDT.
Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) – Ao renunciar ao cargo de governador, Eduardo Leite (PSDB) lançou a candidatura do vice ao Palácio Piratini. Entretanto, sua candidatura à reeleição não está descartada, principalmente após ver naufragada a hipótese de lançar-se à presidência da República pelo partido.
Edegar Pretto (PT) - O deputado estadual Edegar Pretto é o pré-candidato do PT ao governo do Estado. Resta saber se conseguirá compor com o PSB, unindo as duas siglas em torno do palanque de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência. O partido não abre mão da cabeça de chapa, o que dificulta a composição.
Gabriel Souza (MDB) – O nome do deputado estadual Gabriel Souza foi validado pelo diretório estadual no dia 27 de março, após um processo turbulento de disputa interna. Uma ala da sigla chegou a cogitar o nome de Cezar Schirmer, mas Souza foi confirmado como pré-candidato.
Luis Carlos Heinze (PP) - O senador Heinze foi o primeiro pré-candidato assumido a governador no Rio Grande do Sul e também o único a fechar a chapa majoritária, com Tanise Sabino (PTB) como vice e Comandante Nádia (PP) ao Senado. Figura próxima do presidente Jair Bolsonaro (PL), pretende ser seu representante no Estado. Entretanto, disputará a posição com outro candidato ao Piratini, o ministro Onyx Lorenzoni (PL).
Marco Della Nina (Pariotas) – O Patriotas trabalha com a candidatura do líder comunitário Marco Della Nina. Sua candidatura só não se concretizará se o partido se coligar com outra sigla.
Onyx Lorenzoni (DEM) - O ex-ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, concorrerá ao Palácio Piratini pelo PL, sigla para a qual o presidente Bolsonaro migrou recentemente. Por ser outro nome próximo a Bolsonaro, deve disputar com o senador Heinze o posto de representante do bolsonarismo no Estado. Tenta coligar com o União Brasil e já tem o Republicanos na vaga ao Senado, com o vice-presidente Hamilton Mourão.
Pedro Ruas (PSOL) - O vereador de Porto Alegre Pedro Ruas é o pré-candidato do PSOL ao governo do Estado.
Viera da Cunha (PDT) – O partido pretende ter cabeça de chapa ao Piratini para garantir um palanque forte ao candidato a presidente Ciro Gomes (PDT). O diretório estadual sonhava com o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, ao governo, mas confirmou Vieira nesta quarta-feira (18).
Roberto Argenta (PSC) - O empresário proprietário da Calçados Beira Rio deve ser o candidato do PSC, se o partido não for atraído para uma coligação com outra sigla.
Ricardo Jobim (Novo)- O advogado lançou sua pré-candidatura ao Piratini em evento realizado em Santa Maria, sua cidade natal, no dia 14 de maio.