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Câmara de Porto Alegre

- Publicada em 10 de Março de 2022 às 03:00

Ex-vereador de Porto Alegre é condenado por racismo

Retrato. Vereador Valter Nagelstein.

Retrato. Vereador Valter Nagelstein.


/Débora Ercolani/CMPA
João Gabriel Pezzini
Ex-vereador de Porto Alegre foi condenado pelo crime de racismo por conta de áudios enviados a seus apoiadores, nas eleições de 2020. Nos áudios, Valter Nagelstein (PSD) se refere a alguns vereadores eleitos como "jovens, negros e sem experiencia política". Uma sentença de pena de dois anos de reclusão em regime aberto foi proferida, porém foi substituída pelo magistrado. Agora Nagelstein deverá cumprir serviços comunitários e o pagamento de 20 salários-mínimos.
Ex-vereador de Porto Alegre foi condenado pelo crime de racismo por conta de áudios enviados a seus apoiadores, nas eleições de 2020. Nos áudios, Valter Nagelstein (PSD) se refere a alguns vereadores eleitos como "jovens, negros e sem experiencia política". Uma sentença de pena de dois anos de reclusão em regime aberto foi proferida, porém foi substituída pelo magistrado. Agora Nagelstein deverá cumprir serviços comunitários e o pagamento de 20 salários-mínimos.
Matheus Gomes (PSOL), um dos vereadores da bancada negra ao qual Nagelstein se referiu nos áudios, considera a condenação uma vitória: "O recado que fica para o nosso povo é que nem mesmo um homem branco e com poder vai manifestar ofensas racistas e ficar impune. É uma decisão em 1° instância, ou seja, ele vai recorrer, mas a batalha inicial nós ganhamos de forma contundente", manifestou em suas redes sociais.
A vereadora Laura Sito (PT), lembra que a denuncia foi organizada pelo Movimento Negro Unificado em conjunto com mais de 40 entidades: "Não aceitamos que o racismo recreativo, aquele que se dá na mesa de bar, no grupo do Whatsapp, no futebol, que ele passe despercebido, seja velado. É necessário que as pessoas, ainda mais as que se dispõe a ter uma representação pública, respondam pelos seus atos, essa é a vitória que nós tivemos". A parlamentar ainda enfatizou que a bancada negra vai lutar pela perda dos direitos políticos de Nagelstein: "Alguém que é racista não pode representar o povo gaúcho, o povo porto-alegrense".
Em nota enviada a imprensa, Nagelstein se defende: "Fui neto de uma negra e de um judeu fugido da guerra, circunstâncias que jamais omiti e que trago como partes de mim, com orgulho, como mostra um poema que fiz aos meus avós em 2009". O político disse que vai recorrer da condenação.
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