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eleições 2022

- Publicada em 16 de Dezembro de 2021 às 19:00

RS terá pelo menos 8 candidatos ao governo

Candidaturas ao Palácio Piratini começam a ganhar contorno

Candidaturas ao Palácio Piratini começam a ganhar contorno


ANDRESSA PUFAL/JC
O Rio Grande do Sul terá, pelo menos, oito candidaturas ao governo em 2022. Seis partidos já têm nomes lançados: Beto Albuquerque (PSB), Edegar Pretto (PT), Luis Carlos Heinze (PP), Onyx Lorenzoni (DEM, mas deve concorrer pelo PL), Pedro Ruas (PSOL) e Rodrigo Maroni (PSC). Duas siglas expressivas - MDB e PSDB - lançarão candidatura própria, mas ainda não definiram nomes.
O Rio Grande do Sul terá, pelo menos, oito candidaturas ao governo em 2022. Seis partidos já têm nomes lançados: Beto Albuquerque (PSB), Edegar Pretto (PT), Luis Carlos Heinze (PP), Onyx Lorenzoni (DEM, mas deve concorrer pelo PL), Pedro Ruas (PSOL) e Rodrigo Maroni (PSC). Duas siglas expressivas - MDB e PSDB - lançarão candidatura própria, mas ainda não definiram nomes.
Até agora, o cenário conta com duas candidaturas de direita: o senador Heinze e o ministro do Trabalho, Onyx. Embora improvável, o PP - que participa da gestão Eduardo Leite (PSDB), que não deve concorrer à reeleição - não descarta que Heinze receba o apoio tucano. Quanto a Onyx, ele aguarda a janela partidária para migrar ao PL. Tanto o ministro quanto o senador são próximos do presidente e, provavelmente, se apresentarão como representantes do bolsonarismo no RS.
O campo mais à esquerda também deve ter duas candidaturas: o PT trabalha com o nome do deputado estadual Edegar Pretto; e o PSOL, com o do vereador Pedro Ruas. Evidentemente, a candidatura petista deve dar palanque ao possível candidato do partido ao Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre candidaturas de direita e esquerda, estão os nomes do PSB, MDB e PSDB - três partidos que participam do governo Leite. Beto Albuquerque deve representar o PSB. MDB e PSDB ainda não definiram nomes. O diretório do MDB realizará prévias em 19 de fevereiro para escolher o candidato. Os nomes mais cotados são do presidente estadual, deputado federal Alceu Moreira, e do ex-governador José Ivo Sartori.
No PSDB, o nome mais provável é o do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, que se filiou ao partido recentemente. Com a derrota de Leite nas prévias para presidência da República, que definiram o governador de São Paulo, João Doria, como candidato do partido, uma ala do PSDB quer que o governador gaúcho volte atrás e concorra à reeleição. Leite, no entanto, tem mantido a posição e diz que não será candidato.
O diretório do PDT ainda não definiu se terá candidatura própria ao governo, o que deve ser deliberado no início de 2022. A deputada estadual e líder da bancada na Assembleia Legislativa, Juliana Brizola, defende candidatura própria. São cogitados os nomes do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior; o presidente estadual da sigla, Ciro Simoni; e o procurador e ex-deputado Vieira da Cunha.

Pré-candidatos ao governo do Rio Grande do Sul em 2022

  • Beto Albuquerque (PSB) - O ex-deputado federal Beto Albuquerque é o pré-candidato ao governo do Estado pelo PSB. Em 2014, Albuquerque foi candidato a vice-presidente, na chapa liderada por Marina Silva. Em 2018, concorreu ao Senado na chapa liderada pelo então governador José Ivo Sartori (MDB). Apesar de não ter se elegido senador, somou 1.713.792 votos.
  • Edegar Pretto (PT) - O deputado estadual Edegar Pretto é o pré-candidato do PT ao governo do Estado. Nas últimas três eleições foi o nome mais votado da bancada petista na Assembleia Legislativa. Em 2017, presidiu o Parlamento gaúcho. Filho do ex-deputado Adão Pretto, tem uma trajetória junto ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Deve ceder o palanque ao possível candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
  • Luis Carlos Heinze (PP) - O senador Luiz Carlos Heinze foi um dos primeiros pré-candidatos a governador no Rio Grande do Sul. Figura próxima do presidente Jair Bolsonaro (PL), Heinze pretende ser um representante do bolsonarismo no Estado. Entretanto, deve disputar a posição com outro candidato ao Palácio Piratini, o ministro Onyx Lorenzoni.
  • MDB - O MDB deve definir o seu candidato ao governo do Estado no dia 19 de fevereiro, quando acontece as prévias do MDB gaúcho. O prazo para a inscrição de chapas ficou estabelecido entre os dias 17 de janeiro e 3 de fevereiro. Entre as lideranças mais cotadas para representar os emedebistas em 2022, estão o presidente estadual da sigla, Alceu Moreira; e o ex-governador José Ivo Sartori.
  • Onyx Lorenzoni (DEM) - O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, deve concorrer ao Palácio Piratini pelo PL, sigla para a qual o presidente Jair Bolsonaro migrou recentemente. Lorenzoni aguarda a janela partidária para sair do DEM e se filiar ao PL. Por ser outro nome próximo a Bolsonaro, deve disputar com o senador Luis Carlos Heinze o posto de representante do bolsonarismo no Estado.
  • Pedro Ruas (PSOL) - O vereador de Porto Alegre Pedro Ruas é o pré-candidato do PSOL ao governo do Estado. Antes de se eleger para uma vaga na Câmara Municipal, Ruas foi deputado estadual de 2015 a 2018. Brizolista, Ruas ajudou na construção do PDT no Rio Grande do Sul depois da ditadura militar. Foi secretário de Obras no governo Olívio Dutra (PT, 1999-2002).
  • PSDB - O presidente estadual do PSDB gaúcho, deputado federal Lucas Redecker, garante que a sigla terá candidatura própria ao Palácio Piratini. Diante do anúncio do governador Eduardo Leite que não concorrerá à reeleição, o nome mais cotado é o do vice-governador Delegado Ranolfo Vieira Júnior. Entretanto, depois que Leite perdeu as prévias tucanas para a presidência da República, uma ala do PSDB gaúcho quer que o governador concorra à reeleição.
  • Rodrigo Maroni - O deputado estadual Rodrigo Maroni pretende concorrer ao governo do Estado pelo PSC. Em 2015, Maroni assumiu uma cadeira na Câmara Municipal de Porto Alegre, quando João Derly se elegeu deputado federal. Em 2016 se reelegeu vereador. Em 2018, conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa. Sua principal bandeira é o direito dos animais.

Polarização na corrida pelo Palácio do Planalto deve afetar cenário eleitoral da disputa pelo governo gaúcho

A polarização da eleição presidencial entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve repercutir na corrida ao Palácio Piratini em 2022. Bolsonaro - que deve buscar um segundo mandato - terá dois representantes na eleição ao governo do Estado: o senador Luis Carlos Heinze (PP) e o ministro do Trabalho e Previdência, deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM, mas que deve concorrer pelo PL). Por outro lado, Lula - o possível candidato petista ao Palácio do Planalto - deve discursar no palanque do candidato petista, Edegar Pretto.
Tanto Heinze quanto Onyx são lideranças próximas do presidente. Ambos buscarão ser representantes do bolsonarismo no Rio Grande do Sul. Resta saber em qual palanque Bolsonaro vai discursar durante a campanha: no de Heinze, no de Onyx ou dos dois.
Embora ainda esteja filiado ao DEM, Onyx Lorenzoni aguarda a janela partidária para migrar para o PL, sigla em que Bolsonaro se filiou recentemente.
Por outro lado, a atuação de Heinze na CPI da Covid chamou a atenção do público ligado ao presidente, visto que o senador defendeu abertamente as ideias defendidas pelo Palácio do Planalto em relação à pandemia.
De qualquer forma, há o risco de as duas candidaturas dividirem os votos dos eleitores de Bolsonaro, o que pode diminuir as chances de irem para o segundo turno.
Quanto à candidatura petista ao Piratini, Edegar Pretto deve se contrapor diametralmente às candidaturas bolsonaristas.
Devido à acentuada polarização no cenário nacional, o apoio de Lula deve catapultar a candidatura de Edegar Pretto - que embora já tenha sido presidente da Assembleia Legislativa, em 2017 - ainda não é um nome tão conhecido do eleitorado gaúcho.
Entre as candidaturas de centro, o PSDB terá o governador de São Paulo, João Doria, como candidato. Aliás, Doria derrotou o governador Eduardo Leite nas prévias tucanas, em uma campanha conturbada, o que pode deixar sequelas. Mesmo assim, independentemente do candidato ao Palácio Piratini, ele deverá fazer campanha para o candidato a presidente do próprio partido.
O MDB, por sua vez, terá candidatura própria à presidência da República, a senadora Simone Tebet (MS).
O PDT ainda não definiu se lançará candidatura própria ao governo do Estado, mas, caso lance, cederá palanque ao presidenciável pedetista, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes.
Se o PDT não tiver candidatura, há chance de a candidatura de Ciro ser abraçada pelo candidato a governador Beto Albuquerque (PSB).
Na última eleição municipal, em 2020, o PSB e o PDT promoveram alianças em várias cidades brasileiras, com o objetivo de estreitar os laços para uma possível candidatura unificada à presidência em 2022.
O Podemos, partido do ex-juiz Sergio Moro, que deve disputar o Planalto em 2022, não lançará candidato a governador no Rio Grande do Sul.