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Política

- Publicada em 01 de Dezembro de 2021 às 18:07

Conselheiro Político da Embaixada dos EUA espera que eleição brasileira seja mais tranquila do que a norte-americana

Expectativa é que instituições democráticas garantam uma disputa transparente do pleito no Brasil

Expectativa é que instituições democráticas garantam uma disputa transparente do pleito no Brasil


/ANDRESSA PUFAL/JC
Jefferson Klein
Apesar de tudo indicar que a próxima eleição para presidente do Brasil será agitada, o Conselheiro Político da Embaixada dos EUA em Brasília, Willard Smith, projeta que será menos tensa do que a disputa que envolveu Donald Trump e Joe Biden. “Tenho confiança e esperança que o Brasil não vai sofrer essa mesma crise”, afirma o dirigente.
Apesar de tudo indicar que a próxima eleição para presidente do Brasil será agitada, o Conselheiro Político da Embaixada dos EUA em Brasília, Willard Smith, projeta que será menos tensa do que a disputa que envolveu Donald Trump e Joe Biden. “Tenho confiança e esperança que o Brasil não vai sofrer essa mesma crise”, afirma o dirigente.
Ele reforça que o governo norte-americano tem plena confiança nas instituições democráticas do Brasil em organizar, executar, fiscalizar e monitorar eleições livres e transparentes. Smith admite que a última disputa presidencial nos Estados Unidos registrou momentos estressantes, no entanto ele salienta que as instituições resistiram. Sobre as relações entre as duas nações, o conselheiro enfatiza que elas são muito fortes e continuarão assim. Um exemplo disso é que os Estados Unidos continuam comprometidos a apoiar a entrada do Brasil como membro da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Contudo, Smith comenta que a troca na presidência dos Estados Unidos mudou a interlocução entre o governo daquele país e o brasileiro. Smith considera que é algo natural, já que os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro tinham uma relação mais pessoal, “muito de amigo”. “E agora regressou, o que para nós é mais normal, a uma relação mais institucional, que acho que é muito saudável também”, pondera o dirigente.
O Conselheiro Político da Embaixada dos EUA em Brasília concedeu entrevista a jornalistas gaúchos nesta quarta-feira (1), no consulado norte-americano em Porto Alegre. Smith é um diplomata de carreira e chegou ao Brasil em junho de 2019, antes servindo em Washington, Guiana, Jordânia, Peru, México, Iraque e, mais recentemente, na Venezuela.
Indagado quanto a como a variante Ômicron do coronavírus pode afetar o cenário internacional, ele diz que é algo muito novo para fazer projeções. Já sobre a perspectiva que nos próximos anos os Estados Unidos sejam superados pela China como maior economia do planeta, Smith argumenta que é importante observar como vivem as pessoas em cada país, se são respeitados os direitos humanos e as condições de trabalho.
“Queremos competir com a China, mas também que a China respeite as regras de competição”, frisa. Outro ponto que envolve as duas superpotências é a autonomia de Taiwan (ilha que é reivindicada pelos chineses como parte de seu território). Smith adianta que os Estados Unidos continuarão apoiando e respeitando o direito de Taiwan de decidir seu futuro político.
Na área energética e de alterações climáticas, o dirigente ressalta que os Estados Unidos reconhecem a sua responsabilidade como um dos maiores consumidores de energia do mundo e que é necessário substituir a dependência de fontes como o carvão por opções mais sustentáveis. “Isso é um compromisso do governo do presidente Biden, reconhecer que o problema começa conosco e que temos também que fazer mudanças, não só pedir que outros países façam”, conclui Smith.
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