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Assembleia Legislativa

- Publicada em 12 de Novembro de 2021 às 03:00

Prestação de contas do RS confirma superávit de 1,7 bi

Subsecretário do Tesouro, Bruno Jatene, apresentou balanço do segundo quadrimestre na Comissão de Finanças.

Subsecretário do Tesouro, Bruno Jatene, apresentou balanço do segundo quadrimestre na Comissão de Finanças.


/Reprodução fotografia Agência ALRS/ JC
Ao apresentar o balanço das contas do segundo quadrimestre de 2021 em uma audiência da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, da Assembleia Legislativa, o subsecretário do Tesouro Estadual, Bruno Jatene, disse nesta quinta-feira (11) que o Estado registrou superávit orçamentário de R$ 1,7 bilhão, de janeiro a agosto. No primeiro semestre de 2020, houve déficit de R$ 753 milhões.
Ao apresentar o balanço das contas do segundo quadrimestre de 2021 em uma audiência da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, da Assembleia Legislativa, o subsecretário do Tesouro Estadual, Bruno Jatene, disse nesta quinta-feira (11) que o Estado registrou superávit orçamentário de R$ 1,7 bilhão, de janeiro a agosto. No primeiro semestre de 2020, houve déficit de R$ 753 milhões.
Conforme Jatene, o superávit de R$ 1,7 bilhão decorre do ajuste fiscal, incluindo as reformas previdenciária e administrativa. A reforma na carreira dos servidores - que retirou benefícios como as gratificações por tempo de serviço e avanços automáticos - diminuiu em R$ 58 milhões a despesa com pessoal em 2021, em relação ao mesmo período de 2020 (diminuição de 0,3%). Já a reforma da previdência - que, entre outras coisas, instituiu alíquotas de 7,5% a 22% aos servidores ativos e inativos - reduziu o déficit previdenciário em R$ 527 milhões.
Entretanto, o fator que teve maior peso no superávit foi a privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), cuja venda das subsidiárias de distribuição (CEEE-D) e transmissão (CEEE-T) já colocou R$ 2,77 bilhões em recursos extraordinários no caixa do Estado. O leilão da terceira subsidiária da estatal, a CEEE - Geração, deve ocorrer em dezembro.
As receitas ordinárias também tiveram incremento, acompanhando os sinais de recuperação da economia. A receita tributária líquida cresceu 4,31%. A Receita Total Efetiva de janeiro a agosto de 2021 foi de R$ 35,5 bilhões, um incremento de R$ 6,5 bilhões em relação a 2020 - crescimento nominal de 22,4%.
Jatene explicou que o superávit primário foi de R$ 4 bilhões até o final do segundo quadrimestre, um avanço em relação a 2020, quando foi registrado R$ 1,1 bilhão. O resultado primário não leva em conta as dívidas do Estado e os respectivos juros. Quanto à dívida consolidada líquida, pela primeira vez desde a vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, o RS ficou abaixo do limite de 200% da Receita Corrente Líquida.
 

Teto de Gastos pode ameaçar acordo de contingenciamento

Durante a prestação de contas dos Poderes e órgãos autônomos na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, o diretor-geral do Tribunal de Justiça (TJ), Sandro de Borba, manifestou preocupação com o projeto do governo Eduardo Leite (PSDB) que institui o Teto de Gastos no Rio Grande do Sul. O projeto, que é uma exigência para que o Estado ingresse no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), limita o gasto dos órgãos do Estado ao valor empenhado no ano anterior, mais a inflação.
Borba disse que, em 2021, o acordo de contingenciamento acertado entre os poderes deve gerar uma economia de R$ 121 milhões do Judiciário. Com a renovação do acordo em 2021, o TJ deve contribuir com o total de R$ 283 milhões a menos no seu orçamento (nos dois anos). O diretor-geral do Tribunal acredita que o acordo de contingenciamento deve prejudicar o cálculo do teto de gastos, caso o projeto seja aprovado, reduzindo em R$ 121 milhões o orçamento do Judiciário no próximo ano.
"Fica a sensação que ao contribuir para o Estado como um todo, possamos ter, se aprovados nesses termos o projeto, prejuízo para os demais poderes e instituições uma vez que esses valores ficarão de fora na fixação do teto de gastos", alertou. Disse que "é preciso considerar que esses valores sejam computados para a fixação dos respectivos tetos de gastos, sob pena de inviabilizarmos doravante novos acordos como estes de contingenciamento".