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Política

- Publicada em 23 de Setembro de 2021 às 15:48

Piora a avaliação do Congresso, que tem trabalho reprovado por 44%, mostra Datafolha

O Congresso tem uma reprovação equivalente aos 45% que achavam o trabalho parlamentar ruim ou péssimo em dezembro de 2019

O Congresso tem uma reprovação equivalente aos 45% que achavam o trabalho parlamentar ruim ou péssimo em dezembro de 2019


Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/JC
Em meio à crise institucional, aumentou a erosão da imagem do Legislativo. Para 44% dos brasileiros, o trabalho de deputados federais e senadores é ruim ou péssimo.
Em meio à crise institucional, aumentou a erosão da imagem do Legislativo. Para 44% dos brasileiros, o trabalho de deputados federais e senadores é ruim ou péssimo.
É o que revela pesquisa do Datafolha feita de 13 a 15 de setembro, na qual foram ouvidas 3.667 pessoas com mais de 16 anos em 190 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
É uma reprovação equivalente aos 45% que achavam o trabalho parlamentar ruim ou péssimo em dezembro de 2019, numericamente a pior marca da atual legislatura. Em relação ao mais recente levantamento, é uma piora: em julho, desaprovavam os congressistas 38%.
Naquela rodada, 14% achavam o trabalho no Congresso bom ou ótimo, índice que oscilou negativamente para 13%. Consideram o trabalho regular 40%, ante 43% há dois meses. Não souberam opinar 3%.
No período, houve o desenrolar da crise do voto impresso, que opôs o presidente Jair Bolsonaro ao Judiciário, mas também ao Congresso: por iniciativa de aliados seus, uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) foi colocada a voto para reinserir o instrumento nas eleições.
Ela acabou não conseguindo o número de votos suficientes, sendo apreciada em plenário no fatídico 10 de agosto, quando Bolsonaro aproveitou que havia blindados da Marinha em Brasília, rumo a um exercício militar em Goiás, e decidiu fazer uma demonstração de força ao promover um desfile com eles na Esplanada dos Ministérios. Bolsonaro ainda insiste na iniciativa, mas o recuo após os atos do 7 de Setembro deixa em dúvida se seguirá no tema.
Há outras insatisfações com o Congresso. Como a mesma pesquisa do Datafolha mostrou, 56% dos brasileiros deseja a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro, ato que é privativo do presidente da Câmara.
Há dezenas de pedidos na mesa de Arthur Lira (PP-AL), mas ele não deu seguimento ou arquivou nenhum deles, e já deixou claro que não o fará.
Na outra mão, a que desagrada os bolsonaristas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tem tomado decisões contrárias aos desejos do Planalto.
Ele devolveu o texto da medida provisória que protegia perpetradores de fake news de terem seus perfis bloqueados por redes sociais, por exemplo. A Casa também abriga a CPI da Covid, fonte de dor de cabeça para o governo.
Seja por qual lado, a reprovação ao trabalho parlamentar é maior entre aqueles mais instruídos (53% para quem tem curso superior) e mais ricos (57% entre os que ganham mais de 10 salários mínimos).
O trabalho é mais bem avaliado justamente por pessoas que aprovam o governo Bolsonaro (22% da amostra total, ante 24% de regular e 53%, de ruim ou péssimo): 23% de ótimo e bom.
No seu melhor momento, justamente na pesquisa que inaugurou essa série, a atual legislatura tinha 22% de aprovação, 41% de avaliação regular e 32% de reprovação.
Folhapress
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