Cpers reivindica reunião com o governador para tratar de reajuste

A diretoria do Cpers Sindicato fez uma vigília na manhã desta quinta-feira (9), em frente ao Palácio Piratini, para reivindicar uma reunião com o governador Eduardo Leite (PSDB). O objetivo é discutir a reposição dos salários dos educadores gaúchos – que acumulam 46,5% de perdas nos últimos sete anos.

"O governador não nos recebe e a Seduc (Secretaria Estadual da Educação) não dialoga, não está presente no chão da escola. A Assembleia Legislativa teve que convocar a secretária Raquel Teixeira para a Comissão de Educação, após faltas repetidas em audiências públicas. Não podemos mais esperar", reclamou a presidente do Cpers, Helenir Schurer.

Além de estarem com os salários congelados há sete anos, a categoria afirma que sua condição financeira se agravou com a extinção das vantagens no novo plano de carreira do magistério, implementado pelo governo Eduardo Leite (PSDB); a taxação dos aposentados, que, após a reforma da previdência estadual, tiveram que pagar alíquotas de 7,5% a 22%; e do congelamento do Auxílio Refeição. Quanto a esse último item, o governo enviou para a Assembleia um projeto reajustando o vale. A matéria deve ser votada na próxima semana.

A Casa Civil divulgou uma nota, na qual sustenta que o governo sempre esteve aberto ao diálogo com o Cpers. Nos meses de julho e agosto, foram realizadas duas reuniões na Casa Civil, com a presença da secretária da Educação, Raquel Teixeira. Conforme o governo, as demandas da categoria foram discutidas em um desses encontros. "O Tesouro do Estado também recebeu a diretoria do sindicato e um quarto encontro estava agendado para o último dia 20 de agosto, com o Grupo de Assessoramento Especial coordenado pela Secretaria da Fazenda, no entanto, foi desmarcado pelo próprio sindicato, sendo adiado assim para o dia 17 de setembro", pondera a nota.