Deputado Luís Miranda acusa Dominguetti de montar farsa

Em um momento que provocou polêmica na sessão da CPI da Covid nesta quinta-feira (1º), o vendedor Luiz Paulo Dominguetti Pereira afirmou que a Davati havia sido procurada pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) para intermediar negócios envolvendo vacinas. O contato teria sido feito com o representante da empresa no Brasil, Cristiano Carvalho.

O deputado e seu irmão, o servidor Luís Ricardo Miranda (Ministério da Saúde), apontaram recentemente suspeitas de irregularidades na compra da vacina Covaxin. Os irmãos disseram à CPI que levaram as suspeitas ao presidente Jair Bolsonaro e que ele teria mencionado que se tratava de esquema envolvendo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Ao saber da divulgação do áudio, Miranda foi ao Senado e pediu a prisão do depoente. Explicou se tratar de um áudio de outubro de 2020, no qual negociava a aquisição de luvas por meio de uma empresa que possui nos Estados Unidos. O material seria vendido para empresas privadas que abastecem o mercado americano. O áudio, disse, seria destinado a Rafael Alves, que seria ligado ao representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho.

"Ele (Dominguetti) blefou e para o azar dele tenho toda a conversa aqui. Nunca tratei de vacina com eles", disse ao deixar a sala da comissão. Ele disse que se tratou de uma armação. Após a informação de que o áudio se tratava da negociação de luvas, o depoente recuou.