Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 01 de Julho de 2021 às 16:14

Moraes arquiva inquérito dos atos antidemocráticos no STF e abre outra investigação sobre ataques na internet

Inquérito dos atos antidemocráticos havia sido aberto em abril de 2020

Inquérito dos atos antidemocráticos havia sido aberto em abril de 2020


ROSINEI COUTINHO/SCO/STF/JC
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos e a abertura de outra investigação para apurar a existência de uma organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos e a abertura de outra investigação para apurar a existência de uma organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia.
No dia 4 de junho, a PGR (Procuradoria-Geral da República) havia pedido o encerramento da apuração sobre os atos antidemocráticos no Supremo sob o argumento de que os investigadores não encontraram provas contra autoridades com foro especial. Além disso, solicitou o prosseguimento da investigação de seis casos em primeira instância.
Agora, o ministro atendeu o pedido de arquivamento, mas determinou a instauração de outro inquérito que terá duração inicial de 90 dias.
Segundo o magistrado, o objetivo é apurar "a presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhante àqueles identificados no Inquérito 4.781, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito".
O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em abril de 2020 para investigar aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) envolvidos com as manifestações que defendiam o fechamento do STF e do Congresso Nacional, além da volta da ditadura militar. O pedido de abertura da investigação foi feito pela PGR um dia depois de o chefe do Executivo participar de uma manifestação em frente ao QG do Exército.
Em oitos meses de apuração, a partir de buscas e quebra de sigilos bancário e telemático, a Polícia Federal coletou informações sobre influentes nomes do bolsonarismo, como o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, o blogueiro Allan dos Santos e o empresário Otávio Fakhoury.
A PF defendeu o aprofundamento das investigações em dezembro. A Procuradoria, por sua vez, levou cinco meses para se pronunciar e seguiu linha contrária à da polícia. O órgão pediu ao Supremo o arquivamento do caso perante o tribunal. A manifestação ocorreu às vésperas da abertura de vaga no STF, para qual o procurador-geral da República, Augusto Aras, quer ser indicado.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO