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Política

- Publicada em 02 de Junho de 2021 às 14:48

Após operação no Amazonas, depoimento de Wilson Lima é adiantado na CPI da Covid

Depoimento foi adiantado após novas suspeitas de desvio de dinheiro público no Amazonas

Depoimento foi adiantado após novas suspeitas de desvio de dinheiro público no Amazonas


WILSON LIMA/FACEBOOK/REPRODUÇÃO/JC
Agência Estado
Alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (2) o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), terá de se explicar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na semana que vem.
Alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (2) o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), terá de se explicar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na semana que vem.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), decidiu adiantar o depoimento para a próxima quinta-feira (10). Inicialmente, estava marcado para 29 de junho. A decisão aconteceu após cobranças de senadores governistas, que afirmaram ser urgente a mudança de data por causa das novas suspeitas de desvio de dinheiro público que deveria ser usado para combate à Covid-19 no Estado.
"Faço um apelo a Vossa Excelência: que comunique o governador do Estado do Amazonas e o convoque para estar aqui na próxima semana, na terça ou na quarta-feira", afirmou o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) ao presidente da CPI.
Para reforçar o pedido, o senador do DEM lembrou que Aziz alterou ontem a data de alguns depoimentos. Inicialmente estava previsto para acontecer nesta quarta um debate entre médicos e especialistas sobre o tratamento da Covid. No lugar, acontece o depoimento da médica Luana Araújo, que foi convidada para comandar a recém-criada Secretaria Especial de Covid, mas acabou não assumindo o cargo por falta de alinhamento com o governo federal.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), adversário do governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), aproveitou a operação da PF no Amazonas para pedir que seja convocado o ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho.
"À iminência da não vinda dos governadores, eu indago a Vosso Excelência, ainda mais agora, que teve mais uma operação hoje no Amazonas, se a gente não poderia aprovar o requerimento de convocação do Secretário de Saúde do DF, que estava preso e está solto", afirmou o tucano.
Aziz não deu uma data para votar o requerimento pedido por Izalci. Inicialmente, o presidente da CPI também estava resistente em adiantar o depoimento do governador do Amazonas, mas foi convencido após seguidos apelos de Marcos Rogério.
Mais cedo nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro fez críticas a Omar Aziz e ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). "A CPI dos patifões, o presidente e o relator, que já falaram que não vão apurar desvios de recursos", declarou. "Quem conhece quem é Omar Aziz, quem é Renan Calheiros, não precisa falar mais nada", disse o presidente a apoiadores.
Em resposta, Renan disse: "Vindo da parte do presidente da República contra mim, qualquer declaração, eu a recebo desde logo como elogio". Já Omar declarou: "Não se preocupe que nós estamos fazendo o nosso trabalho. Faça o seu, se preocupe com o seu. Deixa que a CPI a gente conduz aqui bem".

Operação da PF

A PF fez buscas na casa e no gabinete do governador Wilson Lima (PSC) e tenta executar uma ordem de prisão contra o secretário estadual de Saúde Marcellus Campelo nesta quarta, no âmbito da quarta fase da Operação Sangria, que investiga supostas fraudes e superfaturamento em contrato para instalação de hospital de campanha no Amazonas.
A ofensiva mira supostos crimes de organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos envolvendo empresários e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado. Ao todo, agentes cumprem seis mandados de prisão temporária e vasculham 19 endereços em Manaus (AM) e em Porto Alegre (RS).
As ordens foram expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça, que ainda autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 27 pessoas e empresas e determinou o sequestro de bens de 12 investigados, em valor que supera R$ 22,8 milhões. Durante o cumprimento de uma das ordens de prisão, contra o empresário Nilton Costa Lins Júnior, a PF foi recebida a tiros. Ninguém ficou ferido e o mandado contra o herdeiro do hospital Nilton Lins, alugado pelo governo para funcionar como hospital de campanha, foi cumprido. O investigado é da família das gêmeas Gabrielle e Isabelle Kirk Lins que são investigadas por suspeita de furar a fila da vacinação contra a Covid-19 no Amazonas.
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