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Política

- Publicada em 07 de Abril de 2021 às 20:57

Carris soma déficit de R$ 345 milhões em 10 anos

Empresa de ônibus fundada por D.Pedro II completa 149 anos em junho

Empresa de ônibus fundada por D.Pedro II completa 149 anos em junho


/alex rocha/pmpa/divulgação/jc
Marcus Meneghetti
Nos últimos 10 anos, a Companhia Carris Porto Alegrense (Carris) acumulou um déficit de R$ 345 milhões. Com 148 anos de existência, a empresa passou a dar prejuízo a partir de 2011. O maior déficit da Carris, que já foi eleita duas vezes a melhor empresa de transporte do Brasil, ocorreu em 2016, quando fechou as contas com R$ 74,2 milhões no vermelho. Os déficits formam o principal argumento do prefeito Sebastião Melo (MDB) para privatizar a Carris.
Nos últimos 10 anos, a Companhia Carris Porto Alegrense (Carris) acumulou um déficit de R$ 345 milhões. Com 148 anos de existência, a empresa passou a dar prejuízo a partir de 2011. O maior déficit da Carris, que já foi eleita duas vezes a melhor empresa de transporte do Brasil, ocorreu em 2016, quando fechou as contas com R$ 74,2 milhões no vermelho. Os déficits formam o principal argumento do prefeito Sebastião Melo (MDB) para privatizar a Carris.
No fim de março, em uma palestra para empresários na Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Melo revelou que a prefeitura já decidiu pela privatização da companhia. Conforme o prefeito, o projeto que será encaminhado à Câmara Municipal de Porto Alegre, pedindo autorização para vender a estatal, já está sendo formulado.
"Quero dizer que vamos privatizar a Carris, não tem outro jeito, estamos fazendo os trâmites para isso", afirmou. Melo argumenta que a prefeitura não pode continuar aportando recursos na Carris para cobrir o déficit da empresa.
Com isso, a companhia - que foi fundada por D. Pedro II, em 19 de junho de 1872 - pode ser extinta antes de completar os 149 anos.
Até a década passada, a Carris não só deu lucro, como também foi eleita a melhor empresa de transporte do Brasil. Em 1999 e 2001, a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP) escolheu a companhia porto-alegrense como a melhor do setor. Além disso, desde 2000, por 19 anos consecutivos, a pesquisa Top of Mind da Revista Amanhã apontou a Carris como a empresa de ônibus mais lembrada pelos porto-alegrenses.
As contas ficaram equilibradas até 2010, ano em que o ex-prefeito José Fogaça (MDB, 2005-2010) renunciou ao cargo para concorrer a governador, deixando a prefeitura sob o comando do seu vice, José Fortunati (na época PDT; hoje no Pros). Naquele ano, a Carris terminou com R$ 356 mil em caixa. No ano anterior, em 2009, com R$ 1,09 milhão.
Em 2011, no segundo ano da gestão do ex-prefeito José Fortunati (2010-2016), a Carris começou a dar prejuízo. Neste ano, a companhia fechou as contas com um déficit de R$ 5,92 milhões. Os déficits foram aumentando até 2016, último ano da gestão Fortunati, quando o atual prefeito Sebastião Melo era vice do ex-prefeito. Neste ano, o prejuízo totalizou R$ 74,2 milhões.
Embora também tenha cogitado a privatização da companhia, a gestão Nelson Marchezan Júnior (PSDB) diminuiu o déficit. Em 2019, a administração tucana conseguiu o melhor resultado nas contas da Carris, fechando o ano com R$ 16,5 milhões no vermelho. Foi o segundo menor déficit da década.
Em 2020, no entanto, ainda na gestão Marchezan, a companhia teve R$ 40,2 milhões de prejuízo. Apesar dos números negativos, a Carris é a empresa de transporte mais bem avaliada em Porto Alegre. Conforme um relatório sobre a Carris, divulgado pela prefeitura em 2018, a companhia recebeu menos reclamações entre as quatro empresas que operam o transporte coletivo na Capital, em 2017 e 2018. Entre os itens avaliados, a companhia tinha o menor índice de reclamações por atrasos no cumprimento da tabela horária, por não parar para o embarque de passageiros e por mal comportamento do cobrador. Hoje, a Carris responde por cerca de 22% do transporte coletivo de Porto Alegre.
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