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Política

- Publicada em 21 de Março de 2021 às 20:37

Poderes devem destinar R$ 70 milhões a hospitais

Há mais de um ano atuando no combate da pandemia, equipes de saúde chegam à exaustam

Há mais de um ano atuando no combate da pandemia, equipes de saúde chegam à exaustam


SILVIO AVILA / AFP/ JC
Marcus Meneghetti
Os chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além dos órgãos autônomos do Estado, concordaram em destinar R$ 70 milhões para o combate da pandemia de coronavírus nos hospitais do Rio Grande do Sul. A verba será exclusiva para o custeio de leitos, medicamentos e insumos para os hospitais, cuja aplicação será fiscalizada por todos os signatários do acordo. Em uma nota assinada pelos líderes de cada instituição, eles salientam que, "embora os orçamentos não sejam superavitários e que esteja em execução o contingenciamento ajustado em 2020, também para o enfrentamento da pandemia, o momento exige, novamente, esforço adicional. É desejo de todos que este gesto (a destinação dos recursos para a saúde) ajude a minorar o sofrimento da nossa população e auxiliar a superação desta que é a mais difícil crise já enfrentada na nossa história recente".
Os chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além dos órgãos autônomos do Estado, concordaram em destinar R$ 70 milhões para o combate da pandemia de coronavírus nos hospitais do Rio Grande do Sul. A verba será exclusiva para o custeio de leitos, medicamentos e insumos para os hospitais, cuja aplicação será fiscalizada por todos os signatários do acordo. Em uma nota assinada pelos líderes de cada instituição, eles salientam que, "embora os orçamentos não sejam superavitários e que esteja em execução o contingenciamento ajustado em 2020, também para o enfrentamento da pandemia, o momento exige, novamente, esforço adicional. É desejo de todos que este gesto (a destinação dos recursos para a saúde) ajude a minorar o sofrimento da nossa população e auxiliar a superação desta que é a mais difícil crise já enfrentada na nossa história recente".
A iniciativa ocorreu depois que dezenas de gestores de hospitais gaúchos expuseram o risco de desatendimento de pacientes com Covid-19. Os dirigentes foram alguns dos mais de 100 participantes de uma reunião virtual da Comissão de Saúde, da Assembleia Legislativa, realizada na semana passada.
Na ocasião, os representantes da rede hospitalar foram unânimes ao relatar a elevação nos preços de medicamentos e insumos durante a pandemia; a falta de equipamentos, como respiradores e cilindros de oxigênio; a exaustão das equipes; e a dificuldade de custeio da estrutura hospitalar. Entre os medicamentos que tiveram aumento, estão os que são usados na intubação dos pacientes, como anestésicos e bloqueadores de neurotransmissores.
Entre os dirigentes hospitalares que se pronunciaram na reunião da comissão de Saúde, estavam o diretor do hospital de Lajeado Bruno Born, Cristiano Dickel, citou uma série de itens que tiveram aumento nos últimos meses. Ele exemplificou a situação comparando os gastos com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): a média de gastos com EPIs era de R$ 170 mil antes da pendemia; agora passou para R$ 563 mil.
Vanderli de Barros, do Hospital Vida & Saúde de Santa Rosa, contou que uma caixa com cem luvas que custava R$ 13,92 no ano passado, passou a custar R$ 89,00 este ano. Um determinado anestésico cuja ampola custava R$ 2,50, segundo ela, hoje custava R$ 20,24. Disse que, além da dificuldade de encontrar os medicamentos, havia esse aumento exagerado, especialmente nos kits de relaxamento muscular e anestésicos, utilizados na intubação dos pacientes.
Gilberto Antonio Gobbi, administrador do Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, e presidente Sindicato do Vale do Rio Pardo, citou anestésicos pelos quais se pagavam R$ 8 mil por mês e hoje custariam R$ 130 mil.
O presidente da Federação das Santas Casas Santa Casa e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Luciney Bohrer, disse que os hospitais filantrópicos também estão com dificuldades para a aquisição de medicamentos, tanto pela falta quanto pelo alto valor cobrado. Em alguns casos, os fornecedores têm exigido o pagamento antecipado. Há ainda a insegurança em relação a oxigênio e cilindros e o estresse agudo vivido pelos profissionais de saúde.
A destinação dos R$ 70 milhões foi acordada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB); o Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Voltaire de Lima Moraes; o Procurador-Geral de Justiça, Fabiano Dallazen; o Defensor Público-Geral, Antônio Flávio de Oliveira; o Presidente do Tribunal de Contas, Estilac Martins Rodrigues Xavier; e o governador Eduardo Leite (PSDB).
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