A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou, nesta quarta-feira (7), um pedido de explicações ao governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), sobre declarações feitas por ele em uma transmissão ao vivo no dia anterior.
No vídeo, o ex-juiz federal chamou o atual Secretário de Saúde do Estado, Carlos Alberto Chaves, de "mentiroso" e disse que, se pudesse, daria voz de prisão a ele. Chaves foi ouvido no final de dezembro pelo Tribunal Especial Misto, formado por deputados estaduais e desembargadores do Tribunal de Justiça fluminense para julgar o impeachment de Witzel. Na ocasião, disse que encontrou uma pasta aparelhada e que, na opinião dele, o governador afastado tinha conhecimento das irregularidades.
Em resposta na terça-feira (5), Witzel negou irregularidades e reagiu às declarações prestadas pelo secretário. "Eu queria dizer para o secretário de Saúde do Rio de Janeiro: o senhor é um mentiroso, doutor Chaves. Desculpa, o senhor tem 70 anos de idade e tinha que ter vergonha na sua cara de ter ido naquele tribunal mentir. E durante, agora, as alegações, nós vamos mostrar sua mentira. O senhor é um mentiroso. O senhor mentiu perante o tribunal. Eu estava aqui assistindo, não estava lá presente. Se eu estivesse lá presente, eu pedia a sua prisão. A sua condução coercitiva para que você peça desculpas ao tribunal, porque o senhor é um mentiroso. O senhor disse que a secretaria estava aparelhada", afirmou na transmissão.
A PGR deu cinco dias para que a defesa do governador afastado preste informações. Diante da repercussão das declarações, Wilson Witzel usou as redes sociais para se manifestar. Ele afirmou que apenas exerceu seu "direito sagrado de defesa".