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Política

- Publicada em 07 de Dezembro de 2020 às 21:23

Sebastião Melo convidará partidos de centro e direita para governar Porto Alegre

Sebastião Melo enviará reforma administrativa à Câmara em janeiro

Sebastião Melo enviará reforma administrativa à Câmara em janeiro


/Mateus Raugust/divulgação/jc
Marcus Meneghetti
Com exceção dos partidos de esquerda (PSOL, PT e PCdoB), o prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pretende convidar para a sua base aliada todos os outros 15 partidos que elegeram representantes para a Câmara Municipal. Os partidos que apoiaram a candidatura de Melo somam 18 das 36 cadeiras no Legislativo.
Com exceção dos partidos de esquerda (PSOL, PT e PCdoB), o prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pretende convidar para a sua base aliada todos os outros 15 partidos que elegeram representantes para a Câmara Municipal. Os partidos que apoiaram a candidatura de Melo somam 18 das 36 cadeiras no Legislativo.
Esse cálculo não leva em conta, por exemplo, o PSDB. Embora o diretório municipal dos tucanos tenha orientado voto em Melo no segundo turno, a sigla mantém uma certa distância do emedebista. Além da rivalidade acirrada na eleição de 2016, quando o atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), derrotou Melo na disputa da Capital, vários partidos que desencadearam o processo de impeachment contra o tucano fazem parte da coalizão liderada pelo emedebista.
Mesmo assim, Melo pretende convidar os tucanos para participar do governo. Ao lado do PSOL e PT, o PSDB possui uma das três maiores bancadas, com quatro vereadores cada. Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o prefeito eleito comenta as articulações para a escolha do secretariado e o desenho da estrutura administrativa na sua gestão.
Jornal do Comércio - Na próxima legislatura, a Câmara Municipal terá representantes de 18 partidos, dois a mais do que a atual. Dos 36 vereadores eleitos, 18 são de partidos que apoiaram a sua candidatura. Como será a sua relação com o Legislativo?
Sebastião Melo - Os vereadores são tão legítimos quanto eu e o (vice-prefeito eleito) Ricardo (Gomes, DEM). Todos eles merecem respeito, sejam da base do governo ou da oposição. Estamos trabalhando para construir uma base aliada. Trabalhamos para isso no primeiro turno, ampliamos os aliados no segundo, e agora vamos começar a conversar com cada partido eleito. A partir desta semana, vou começar a me reunir com todas as bancadas eleitas e direções partidárias. Vamos escolher não só o líder do governo, mas também alguém da prefeitura para ser o articulador junto à Câmara. Quando for mandar um projeto para lá, sempre vou conversar primeiro com a base do governo. Dou muito valor ao diálogo, porque já fui vereador, presidente da Câmara, vice-prefeito...
JC - Vai tentar ampliar a base buscando siglas como o PSDB?
Melo - Vou conversar com ele (o PSDB) também. Vou conversar com o PT, PSOL e PCdoB, mas conheço a posição deles. Portanto, tirando esses partidos, vou conversar com todos os partidos eleitos (para integrarem a base). Se estivemos juntos durante a campanha, para ganhar a eleição, é justo que também estejamos na hora de governar.
JC - Já começaram as tratativas para definir a presidência da Câmara na próxima legislatura...
Melo - Quanto a isso, não cabe ao prefeito manifestar uma vírgula sequer. É uma questão interna da Câmara, que tem autonomia e vida própria. A harmonia entre os Poderes começa a dar certo quando nenhum interfere em outro.
JC - O senhor já esboçou um desenho da estrutura administrativa que pretende implementar?
Melo - Ainda não temos um desenho. Só vamos mandar um projeto de reforma administrativa para a Câmara em janeiro, ao convocar uma sessão extraordinária. Já temos um grupo (na transição) trabalhando esta reforma. Não olhei ainda as propostas. Pretendo mandar a reforma administrativa junto com o cancelamento do IPTU.
JC - Já circulam especulações de que o senhor cogita chamar o atual coordenador da transição, vereador eleito Cezar Schirmer (MDB), e a vereadora reeleita Lourdes Sprenger (MDB) para assumirem secretarias...
Melo - Não convidei nenhum secretário, e não convidarei nenhum até o dia 12 de dezembro. Mas já desenhei (o perfil do secretariado). Nesta semana, vou ter as primeiras reuniões. Quero uma conversa preliminar, ainda não é para convidar ninguém. Temos uma coalizão grande. Então, temos que ter a compreensão de todos, para que escolham os melhores quadros, para que sejam solidários caso um partido tenha quadros melhores para uma determinada área. Além disso, tem que ter mulheres, jovens, negros, enfim, um governo plural.
JC - Quais serão as primeiras ações a partir de 1º de janeiro?
Melo - A primeira preocupação é fazer uma transição tranquila para que os serviços da cidade continuem funcionando. Vamos regulamentar a Lei da Liberdade Econômica. Isso significa mais agilidade para abrir negócios. Vamos enviar o projeto do IPTU. E aquelas atividades econômicas que ainda não estão funcionando, pretendo que voltem com os protocolos de saúde necessários.
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