Vereadores pedem interferência de Sebastião Melo em projeto do Imesf

Vereadores da Câmara de Porto Alegre solicitaram a interferência do prefeito eleito Sebastião Melo (MDB) junto ao atual líder do Executivo Nelson Marchezan Júnior (PSDB), para que mantenham o quadro funcional atual do Instituto Municipal de Estratégia e Saúde da Família (Imesf), em reunião na manhã desta quinta-feira (3).

O encontro tratou do projeto de Lei nº 137/20, assinado por 14 vereadores que tramita na Casa, que pretende reconstituir e manter os empregos públicos criados para a execução das ações, no âmbito da atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS), para operar especificamente a rede integrada e articulada do Imesf. A proposta visa evitar a extinção do Instituto anunciada pela prefeitura em 2019.

Melo garante, no entanto, que não irá interferir na gestão de Marchezan. "Não abro mão de uma transição pacífica, mas me comprometo delegar com protagonismo, no grupo de transição, responsáveis por esse assunto", disse.

O projeto seria votado em sessão extraordinária ainda na tarde de quinta-feira (3), mas foi retirado da priorização e agora segue na lista de matérias incluídas na ordem do dia sem data específica para ser apreciado.

Segundo Melo, caso a proposta seja aprovada na Casa, vetará a mesma. "Não contem comigo" afirmou.

Reafirmei que meu compromisso é melhorar a saúde em Porto Alegre e que é a partir desta premissa que se deve iniciar a discussão.

Aproveitei para relembrar os caminhos da saúde da família na nossa cidade e deixar claro que o que deve estar em primeiro lugar é o interesse da população.

Conforme o Executivo, extinção do Imesf é consequência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) após ação ingressada pela Associação Brasileira em Defesa dos Usuários de Sistemas de Saúde (Abrasus) e outras 16 entidades sindicais e de classe.