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Política

- Publicada em 29 de Novembro de 2020 às 21:18

Abstenção cai no segundo turno, mas se mantém elevada

Em Porto Alegre, 354 mil eleitores não foram votar neste domingo

Em Porto Alegre, 354 mil eleitores não foram votar neste domingo


JOYCE ROCHA/JC
Patricia Knebel
Os candidatos se esforçaram para estimular eleitores porto-alegrenses a irem às urnas. Mas, apesar de uma leve queda em relação ao primeiro turno, quando ficou em 33,08%, o índice de abstenção se manteve elevado no segundo turno: 32,76%. Na eleição que marcou a chegada de Sebastião Melo (MDB) à prefeitura de Porto Alegre, 354.692 pessoas não foram votar.
Os candidatos se esforçaram para estimular eleitores porto-alegrenses a irem às urnas. Mas, apesar de uma leve queda em relação ao primeiro turno, quando ficou em 33,08%, o índice de abstenção se manteve elevado no segundo turno: 32,76%. Na eleição que marcou a chegada de Sebastião Melo (MDB) à prefeitura de Porto Alegre, 354.692 pessoas não foram votar.
Foi o índice mais alto de abstenção no Estado no segundo turno: Santa Maria (31,34%), Canoas (31,67%), Caxias do Sul (25,37%) e Pelotas (29,38%). No primeiro turno, Porto Alegre já havia sido a capital com o maior índice de abstenção do País. Uma tendência que já vinha se desenhando nos últimos anos. Entre as eleições municipais de 2008 e 2016, cresceu de 16% para 25% em Porto Alegre. E agora, se consolidou acima dos 30%.
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A última década tem sido marcada pelo crescimento das abstenções no Brasil, e o Rio Grande do Sul reforça as estatísticas. A média no Estado durante os últimos seis turnos, de 2014 a 2018, é de 18%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Índice que coloca o Rio Grande do Sul como o que mais se absteve das eleições na Região Sul. Estados como Rio de Janeiro e São Paulo ultrapassam os 20% na média de abstenções.
O desencanto com a política em função dos sucessivos casos de corrupção dos último anos é um dos motivos apontados por especialistas para esse aumento. Mas claro que uma análise deste ano não pode deixar de considerar a pandemia da Covid-19. Apesar de todos os cuidados com a segurança sanitária, muitos eleitores preferiram não arriscar.
Para o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), Daniel Wobeto, o cenário de alta dos casos de coronavírus e o grande número de idosos na população, cujo voto é facultativo a partir dos 70 anos, ajudam a explicar o fato de Porto Alegre ter tido uma alta abstenção. "Os idosos são grupo de risco e tendem a não votar em função da pandemia", diz Wobeto.
O secretário do TRE traz outro dado importante. Porto Alegre é uma das poucas capitais que ainda não fez revisão do eleitorado, ou seja, não limpou o seu cadastro. "Isso significa que ainda temos constando como eleitores pessoas falecidas ou que não moram mais na cidade - e que ainda não transferiram o título eleitoral. Isso tudo aumenta a nossa estatística", ressalta.
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