Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 29 de Novembro de 2020 às 14:49

Manuela vota e manifesta confiança em virada

Manuela d'Avila votou no Colégio Santa Inês

Manuela d'Avila votou no Colégio Santa Inês


JOYCE ROCHA/JC
Igor Natusch
Na reta final da corrida eleitoral deste ano, a candidatura de Manuela d'Ávila (PCdoB) à prefeitura de Porto Alegre assumiu um tom de crítica ao clima pesado das duas semanas de segundo turno. Falando a jornalistas, logo depois de votar no Colégio Santa Inês, na Capital, a candidata lamentou que a campanha tenha sido marcada, em sua visão, por “muita violência política” contra sua chapa. “Começou no submundo da internet e depois entrou no mundo oficial”, disse, em uma crítica direta ao adversário Sebastião Melo (MDB).
Na reta final da corrida eleitoral deste ano, a candidatura de Manuela d'Ávila (PCdoB) à prefeitura de Porto Alegre assumiu um tom de crítica ao clima pesado das duas semanas de segundo turno. Falando a jornalistas, logo depois de votar no Colégio Santa Inês, na Capital, a candidata lamentou que a campanha tenha sido marcada, em sua visão, por “muita violência política” contra sua chapa. “Começou no submundo da internet e depois entrou no mundo oficial”, disse, em uma crítica direta ao adversário Sebastião Melo (MDB).
As críticas ao tom pesado da campanha se referiram a acontecimentos como o uso de carros de som, registrados em alguns bairros da Capital, com acusações contra Manuela e o comunismo. Porém, as críticas foram intercaladas com uma demonstração de confiança na vitória, reforçada a partir de números positivos nas últimas pesquisas. “Acreditamos que Porto Alegre vai derrotar tudo isso e construir um caminho novo, inspirado na verdade. Vamos dar um passo de reencontro com a nossa história e com a participação popular”, reforçou a candidata, apostando em uma virada - no primeiro turno, Melo ficou à frente e Manuela em segundo lugar.
A chegada de Manuela ao Colégio Santa Inês para votar, pouco depois das 10h, foi marcada por um contratempo inesperado e quase pitoresco. "Esqueci o título no carro, não posso votar", disse, quando já entrava no prédio com o esposo Duca Leindecker e a filha. Uma correligionária correu até o veículo e resgatou a bolsa de mão com os documentos da candidata. Ela estava acompanhada também de nomes como a deputada estadual Sofia Cavedon (PT) e Karen Santos (PSOL), vereadora mais votada este ano na Capital.
A agenda da candidata começou às 7h, com um café da manhã no Hotel Embaixador, em Porto Alegre. Na sequência, ela atendeu veículos de imprensa. À rádio Gaúcha, ela declarou que uma de suas primeiras medidas seria estabelecer uma negociação para comprar e aplicar as vacinas contra a Covid-19. "A economia precisa se recuperar (dos efeitos da pandemia). Mas, para garantir comércio aberto, é preciso vacina, testagem e respeito às regras sanitárias”, defendeu. Antes, Manuela d'Ávila falou à Rádio Guaíba, e afirmou que pretende suspender o aumento de IPTU previsto para 2021, como forma de encorajar a retomada econômica em tempos de pandemia.
Manuela também acompanhou o vice, Miguel Rossetto (PT), que votou na escola Dinah Neri Pereira, em frente ao Brique da Redenção. O petista manifestou confiança, e relacionou a campanha de Porto Alegre com outras grandes cidades brasileiras, como Belém, Recife e São Paulo, marcadas por candidatos identificados com a esquerda obtendo bom desempenho nas urnas. "Estamos reposicionando o papel da esquerda e dos movimentos populares no Brasil. A população não aguenta mais a violência relacionada com Bolsonaro, que já mostrou que não consegue construir nada", afirmou.
É a terceira vez que Manuela d’Ávila concorre ao Paço Municipal. A carreira política começou cedo: elegeu-se vereadora pela primeira vez com 23 anos, em 2004, sendo a mais jovem mulher a conquistar uma vaga na Câmara da Capital. Deputada estadual e federal, por dois mandatos, concorreu em 2018 à vice-presidência da República, na chapa de Fernando Haddad (PT).
A corrida eleitoral deste ano, de certa forma, reposiciona a relação de Manuela com o PT gaúcho. Em 2008 e 2021, ela concorreu com vices de PPS e PSD, enquanto o PT lançou Maria do Rosário e Adão Villaverde. Na décima eleição à prefeitura de Porto Alegre desde a redemocratização, o Partido dos Trabalhadores abriu mão da cabeça de chapa pela primeira vez e a aliança se concretizou. O PT assumiu um papel discreto no decorrer da campanha, quase sem fazer uso das imagens icônicas do partido.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO