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Política

- Publicada em 19 de Novembro de 2020 às 18:11

Divisão do PSB de Porto Alegre complica definição de apoio no segundo turno

Melo tem apoio da executiva municipal do PSB, mas diretório nacional defende aproximação com Manuela

Melo tem apoio da executiva municipal do PSB, mas diretório nacional defende aproximação com Manuela


Arte/JC
Fernanda Crancio
Ainda segue indefinida a questão do apoio do PSB de Porto Alegre a um dos candidatos a prefeito da cidade no segundo turno. O diretório municipal da sigla, que em votações internas teria deliberado por aderir à campanha de Sebastião Melo (MDB), corre risco de intervenção do diretório nacional, que defende a candidatura de Manuela d´Ávila, seguindo a linha ideológica do partido. Na noite desta quinta-feira (19), lideranças da executiva nacional socialista se reúnem para deliberar sobre a questão.
Ainda segue indefinida a questão do apoio do PSB de Porto Alegre a um dos candidatos a prefeito da cidade no segundo turno. O diretório municipal da sigla, que em votações internas teria deliberado por aderir à campanha de Sebastião Melo (MDB), corre risco de intervenção do diretório nacional, que defende a candidatura de Manuela d´Ávila, seguindo a linha ideológica do partido. Na noite desta quinta-feira (19), lideranças da executiva nacional socialista se reúnem para deliberar sobre a questão.
A divisão interna do PSB veio à tona na terça-feira (17), dois dia após o primeiro turno, quando votação da executiva municipal indicou intenção de apoio a Melo, expondo a tensão entre os comandos. Na quarta (18), após a direção nacional invalidar a adesão e cobrar a reversão do indicativo de apoio, sob pena de dissolução da executiva municipal, nova votação interna manteve a aprovação da aliança com o MDB com 13 votos favoráveis e seis contrários. Segundo fontes do partido, enquanto lideranças como o presidente da executiva da Capital, Antônio Elisandro de Oliveira, e o ex-deputado Beto Albuquerque, principal nome do PSB gaúcho, defendem Manuela, parlamentares da sigla pendem para o lado de Melo, acirrando o impasse.
Tanto Melo quanto Manuela procuraram o PSB ao longo da semana, mas diante dos acontecimentos, têm preferido aguardar a manifestação oficial da sigla sem novas intervenções. Coordenador da campanha do PCdoB, Márcio Cabreira é enfático em dizer que não há uma negociação em curso. "Quando acabou o primeiro turno procuramos um leque de partidos que julgávamos que poderiam estar ao nosso lado, e o PSB foi um deles. Fomos informados que a decisão interna sairia na terça e, por conta do que vem sendo repercutido na imprensa, nos resguardamos. Temos uma ligação muito forte com a sigla, mas entendemos que cabe a eles se manifestarem e respeitamos esse tempo", destacou.
Boatos de que o filho do presidente Jair Bolsonaro, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), poderia desembarcar na Capital para declarar apoio a Melo também acirram os desentendimentos entre os socialistas. Segundo a coordenação da agenda de Melo, não há previsão de nenhuma agenda nesse sentido nos próximos dias.
Segundo membros do PSB nacional, o presidente Carlos Siqueira não defende a intervenção, porém, orienta que haja respeito às negociações feitas nacionalmente pela sigla, que se alinha com os partidos de esquerda. No entanto, há uma resolução partidária publicada no ano passado que define que a decisão de apoio a coligações e candidaturas nas capitais e cidades-polo dependem de aprovação da executiva nacional. Ou seja, não deverá ser pacífica qualquer decisão em torno do impasse das lideranças porto-alegrenses, e manifestação nesse sentido é aguardada para esta sexta-feira (20). Os presidentes municipal e estadual do PSB foram procurados pela reportagem, mas não retornaram as ligações.
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