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Política

- Publicada em 29 de Outubro de 2020 às 11:40

RS teve 5 registros de assassinatos e atentados políticos de 2016 a 2020

Assassinato de Marielle Franco foi o que mais repercutiu no País no período

Assassinato de Marielle Franco foi o que mais repercutiu no País no período


TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL/JC
A região Sul do Brasil registrou 10 assassinatos e atentados políticos nos últimos quatro anos. De acordo com a pesquisa “Violência Política e Eleitoral no Brasil” lançado recentemente pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global, o Rio Grande do Sul é o estado com maior número de ocorrências na região, tendo 5 registros. Santa Catarina ocupa a segunda posição no ranking regional, com 3 casos, seguido de Paraná com 2 casos.
A região Sul do Brasil registrou 10 assassinatos e atentados políticos nos últimos quatro anos. De acordo com a pesquisa “Violência Política e Eleitoral no Brasil” lançado recentemente pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global, o Rio Grande do Sul é o estado com maior número de ocorrências na região, tendo 5 registros. Santa Catarina ocupa a segunda posição no ranking regional, com 3 casos, seguido de Paraná com 2 casos.
No total, o estudo mapeou em todo o País, entre janeiro de 2016 e agosto de 2020, 125 atos violentos contra a vida de políticos eleitos e pré-candidatos - uma média de, pelo menos, 27 casos por ano. Cerca de 63% dos crimes permanece sem solução.
Entre as principais vítimas, estão vereadores eleitos e pré-candidatos a vereadores (61%) e prefeitos e vice-prefeitos eleitos e pré-candidatos (26%). Nos exemplos mapeados, 83% dos atentados e assassinatos aconteceram em cidades do interior do país.
No total, o estudo identificou 327 casos ilustrativos de violência política. Em 2019, foram registrados, aproximadamente, três vezes mais casos em relação a 2016. Em 2020, até 1º de setembro, e antes do período eleitoral, houve aumento de 37% dos casos em relação a 2016.
“Os dados da pesquisa são muito contundentes e expressam uma violência cotidiana na vida política do país, especialmente contra alguns segmentos, por meio do racismo, sexismo e LGBTfobia, afetando a participação política. Do mesmo modo, ela aponta a falta de uma cultura de enfrentamento e responsabilização da violência política”, destaca Élida Lauris, coordenadora da Terra de Direitos.
Conforme o estudo, os atos de violência política são um fenômeno que o Brasil não via com tanta intensidade desde o fim da ditadura militar. “É necessário reconhecer a gravidade dos crimes e agilizar as investigações e os julgamentos. A violência é utilizada para garantir o controle de um grupo hegemônico sobre o sistema político – no caso brasileiro, homens, brancos, cristãos, de classe alta, que se identificam como heterossexuais. O controle do poder por atores masculinos que pertencem ao grupo cultural, étnico, religioso e econômico dominante implica que a violência seja peça fundamental para garantir que o poder político não seja exercido por grupos e indivíduos não hegemônicos”, reforça Élida.
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