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Política

- Publicada em 23 de Outubro de 2020 às 13:27

Governo determina retomada de ação de brigadistas em combate a incêndios

Retirada dos brigadistas foi dada após uma intensa circulação de ofícios na diretoria do Ibama

Retirada dos brigadistas foi dada após uma intensa circulação de ofícios na diretoria do Ibama


Secom/divulgação/JC
O governo federal determinou nesta sexta-feira (23) a retomada imediata da ação de brigadistas no combate a incêndios que havia sido interrompida na primeira hora do dia anterior por alegada falta de recursos pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).
O governo federal determinou nesta sexta-feira (23) a retomada imediata da ação de brigadistas no combate a incêndios que havia sido interrompida na primeira hora do dia anterior por alegada falta de recursos pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).
"Determino o retorno de todas as brigadas de incêndio florestal do Ibama para as suas respectivas atividades e operações a partir da presente data", diz ofício assinado por Ricardo Vianna Barreto, chefe do Centro Especializado Prevfogo, unidade do Ibama de combate a incêndios.
A ordem para a retirada dos brigadistas foi dada na noite de quarta-feira (21), após uma intensa circulação de ofícios na diretoria do Ibama. Em um deles, de número 78, o diretor de Planejamento, Administração e Logística, Luis Carlos Hiromi Nagao, comunicou a "indisponibilidade de recursos financeiros para o fechamento do mês corrente".
Seguiu-se a determinação do diretor de Proteção Ambiental do Ibama, para a suspensão das atividades dos brigadistas.
"Tendo em vista o contido no ofício circular 78, providenciar a determinação para que todas as brigadas do Prevfogo retornem às suas bases de origem à 0h de 22 de outubro de 2020, onde deverão aguardar ordens para o emprego em operações em campo", afirma o ofício assinado pelo diretor Olímpio Ferreira Magalhães.
Em entrevista na manhã desta sexta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia, disse que a situação já está pacificada.
"Já está tudo resolvido. Ontem (quinta-feira) foi acertado, o Tesouro vai liberar o recurso que está bloqueado", disse Mourão.
Ele explicou que os recursos oriundos da Operação Lava Jato destinados a ações ambientais acabaram impactando o orçamento do Ministério do Meio Ambiente, embora não tenham ficado com a pasta. De acordo com Mourão, serão liberados R$ 134 milhões.
"Pelo problema do teto de gastos, ao recurso passar por dentro do orçamento, ele impactou o orçamento do Ministério do Meio Ambiente .O (ministro Ricardo) Salles vem, desde julho, ponderando que o Tesouro tinha que liberar o recurso porque aquele recurso não ficou com ele, foi mandado para os estados. Aí, esse negócio ficou naquele vai para lá, vai para cá. Agora, ficou acertado", disse o vice-presidente.
Mourão também afirmou que irá reunir-se na tarde desta sexta com embaixadores europeus (Alemanha, Dinamarca, França, Itália, Holanda, Noruega, Reino Unido e Bélgica) que, no mês passado, enviaram uma carta ao vice-presidente dizendo que o aumento do desmatamento dificulta a compra de produtos brasileiros por consumidores do continente.
De 4 a 6 de novembro, o governo brasileiro vai levar os embaixadores à Amazônia num esforço para desfazer a imagem negativa do país.
Mourão também procurou falou sobre a nova crise do governo, iniciada na noite de quinta-feira, quando Salles criticou publicamente o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), a quem chamou de Maria Fofoqueira.
"@MinLuizRamos não estiquei a corda com ninguém. Tenho enorme respeito e apreço pela instituição militar. Atuo da forma que entendo correto. Chega dessa postura de #mariafofoca", escreveu Salles em uma rede social compartilhando uma reportagem do jornal O Globo cujo título é "Salles estica a corda com ala militar do governo e testa blindagem com Bolsonaro".
"Péssimo isso daí, né? Então, vamos conversar e nos entender. Acho que, muitas vezes, a pessoa reage no calor dos acontecimentos e termina tomando uma linha de ação que é péssima. Se você tem alguma diferença com alguém e precisa esclarecer alguma coisa, você vai lá e conversa pessoalmente, e não dessa forma", disse Mourão.
Ramos optou por não responder e tem argumentado a auxiliares que não tem qualquer relação com o problema orçamentário enfrentado por Salles.
O ministro da Segov chegou junto com Bolsonaro à Base Aérea de Brasília, na manhã desta sexta, parda a cerimônia de apresentação do Gripen, caça da FAB (Força Aérea Brasileira), que fez hoje seu voo inaugural.
Salles estava na plateia. Em determinado momento, os dois ministros ficaram próximos a Bolsonaro, que deu um abraço em Salles. Ramos apenas observou.
Folhapress
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