Passo Fundo tem sete candidatos à prefeitura

A corrida eleitoral em Passo Fundo, maior cidade da região Norte do Estado, conta com sete candidatos disputando o posto de prefeito da cidade. A eleição será definida em 15 de novembro, dia que marca o primeiro turno, visto que o município não tem eleitores suficientes para o segundo: Passo Fundo tem 146 mil eleitores e o número mínimo necessário para segunda etapa são de 200 mil votantes.

Quem vencer a eleição ocupará pela primeira vez o Executivo, comandado por apenas três prefeitos nos últimos 20 anos: Osvaldo Gomes (PFL), Airton Dipp (PDT) e Luciano Azevedo (PSB), consecutivamente. O partido do atual gestor municipal, PSB, aposta na candidatura de Pedro Almeida como sucessor, que vem para disputa com a maior coligação (MDB, PTB, Republicanos, DC, PSB, DEM, Solidariedade, PSD, Cidadania e Podemos) e mais tempo de TV.

Os tucanos são representados por Lucas Cidade, cabeça de chapa da coligação que inclui PSL e PL. Com agenda liberal, uma das propostas destacadas em seu plano de governo é a simplificação tributária para atrair novos empreendimentos para cidade. O candidato Juliano Roso do PCdoB, representante da coligação com PT, Rede, Pros, Avante, aposta em um plano de governo participativo, que deve ser concluído no início de novembro, dia 3, com ampla participação comunitária, conforme informa a chapa.

Marcio Patussi é o candidato que representa a coligação entre PDT, partido dele, PP, PV e Patriota. Um de seus trunfos é o apoio do senador Luiz Carlos Heinze, que segundo Patussi será o embaixador de Passo Fundo em Brasília em sua eventual administração. Claudio Doro, candidato pelo PSC, vem com chapa pura. Identificado com o presidente da República, Jair Bolsonaro, Doro levanta bandeiras similares as da campanha presidencial de Bolsonaro. Entre elas ser contra ideologia de gênero, coligações, fundo partidário e doutrinação nas escolas.

A coligação entre PSOL e Unidade Popular tem a candidatura de Celso Dalberto como representante de uma política a esquerda, com propostas como a taxação de grandes propriedades e isenção do IPTU para famílias com baixa renda. O PSTU lançou a candidatura de Arthur Bispo, que chega à eleição com pauta de viés socialista e pró-Estado. Entre suas propostas está a redução da jornada de trabalho sem redução de salário e direitos

O que se observa na eleição de Passo Fundo é um número expressivo de partidos de esquerda e centro-esquerda como cabeça de chapa (PSOL, PSTU, PCdoB, PDT e PSB), embora em alguns desses casos haja coligações com siglas inclinadas a centro-direita, como é caso de PDT e PSB.