"Ela não resistiu e descansou", comentou o ex-governador do Rio Grande do Sul e jornalista Antonio Britto, após se despedir da mãe Yolanda, que faleceu aos 91 anos por complicações da Covid-19. O corpo foi velado na manhã desta sexta-feira (11) no Cemitério são Miguel e Almas, em Porto Alegre.
Yolanda, que foi professora estadual e atuou em áreas do serviço público federal, faleceu nessa quinta-feira (10), no Hospital Moinhos de Vento.
A mãe de Britto foi internada há cerca de dez dias devido ao agravamento dos sintomas da doença. Ela residia em uma clínica geriátrica. O ex-governador, que mora nos Estados Unidos, veio a Porto Alegre no domingo passado para acompanhar a evolução do quadro da mãe. Devido a restrições da pandemia, a família não pôde visitar dona Yolanda na UTI de Covid-19 no hospital.
Britto conta que a mãe teve uma vida muito ativa. Quando jovem, foi professora estadual. Após a perda do marido, o jornalista Antônio Saturnino Britto, muito nova, Yolanda se dedicou à família, com os três filhos, e depois à chegada dos oito netos.
Mas o trabalho acabou fisgando Yolanda novamente, e ela passou a atuar em área da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), com passagem por áreas administrativas, de Belas Artes e pela Faculdade de Direito, onde se aposentou há 20 anos. "Ela também foi muita ativa nas campanhas políticas, ia a comícios e caminhadas", recorda o ex-governador, que teve mandato de 1995 a 1998, na época pelo MDB.
Yolanda nasceu em Pelotas e se mudou depois para Bagé, onde começou a atuar como professora. A família se transferiria para Santana de Livramento, onde Britto nasceu, e, na década de 1960, para Porto Alegre. O ex-governador viu a mãe pela última vez em março, quando esteve na Capital.