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Política

- Publicada em 06 de Agosto de 2020 às 16:37

Eduardo Leite considera 'pouco oportuno' processo de impeachment de Marchezan Jr

'Não precisa de comissão processante para exercer o poder de fiscalizar', opinou Leite

'Não precisa de comissão processante para exercer o poder de fiscalizar', opinou Leite


FELIPE DALLA VALLE/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), considerou "pouco oportuno" a aprovação da abertura do processo de impeachment do colega de partido, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior. Leite diz que respeita a decisão dos vereadores, tomada nessa quarta-feira (5), mas indica que o Legislativo poderia buscar outros instrumentos para fiscalizar. A instalação da comissão vai "dispersar foça em vez de canalizar atenção e esforço na pandemia", advertiu Leite, em live no começo da tarde desta quinta-feira (6). 
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), considerou "pouco oportuno" a aprovação da abertura do processo de impeachment do colega de partido, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior. Leite diz que respeita a decisão dos vereadores, tomada nessa quarta-feira (5), mas indica que o Legislativo poderia buscar outros instrumentos para fiscalizar. A instalação da comissão vai "dispersar foça em vez de canalizar atenção e esforço na pandemia", advertiu Leite, em live no começo da tarde desta quinta-feira (6). 
A preocupação do governador é o impacto do processo à continuidade das políticas públicas de saúde que atingem o novo coronavírus. A Capital ultrapassou os 9,2 mil casos doença e chegou a 406 mortes, até essa quarta-feira.
A maior preocupação é com a demanda para UTIs, que somam nesta quinta 331 pacientes com o novo coronavírus, maior nível até agora. A ocupação total é de 88%, nível considerado de risco de colapso do sistema. 
"Aventar-se a interrupção de mandato a cinco meses do fim do mandato e a três da eleição parece muito pouco oportuno. Não precisa de comissão processante para exercer o poder de fiscalizar", defendeu o chefe do Palácio Piratini. 
Assinado por representantes da sociedade civil e empresários, o texto alega haver irregularidades da prefeitura na alocação de R$ 3,1 milhões do Fundo Municipal da Saúde em ações publicitárias. Em vídeo publicado no fim da noite dessa quarta, Marchezan defendeu a alocação de recursos à saúde durante a sua gestão e afirmou que o pedido tem motivação eleitoral.  
Leite avalia que as denúncias "parecem pouco razoáveis no que diz respeito à aplicação de recursos para campanhas de conscientização de saúde pública". É o sexto pedido contra o chefe do Executivo protocolado na casa, mas o primeiro que teve acolhida.
Para o governador, não haveria base à aprovação, pois a denúncia elenca gastos ligados à crise sanitária. Além disso, aposta que Marchezan deve ser absolvido devido ao teor das acusações.
"Tenho confiança que o prefeito dará todo o esclarecimento para deixar claro a correção da sua conduta", afirmou. Ele espera que a Câmara "tenha responsabilidade e confiança para dar o desfecho adequado ao processo".
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