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Política

- Publicada em 03 de Julho de 2020 às 18:02

Evangélicos e aliados de Olavo de Carvalho pressionam contra escolha de Feder no MEC

A ala ideológica, ligada ao escritor Olavo de Carvalho, e políticos evangélicos pressionam o governo

A ala ideológica, ligada ao escritor Olavo de Carvalho, e políticos evangélicos pressionam o governo


REPRODUÇÃO YOUTUBE/jc
A ala considerada ideológica do governo, ligada ao escritor Olavo de Carvalho, e políticos evangélicos pressionam o governo Jair Bolsonaro (sem partido) nesta sexta (3) para reverter a escolha do secretário do Paraná, Renato Feder, para comandar o Ministério da Educação.
A ala considerada ideológica do governo, ligada ao escritor Olavo de Carvalho, e políticos evangélicos pressionam o governo Jair Bolsonaro (sem partido) nesta sexta (3) para reverter a escolha do secretário do Paraná, Renato Feder, para comandar o Ministério da Educação.
Pessoas próximas a Feder temem que a ofensiva dê certo e que o presidente volte atrás na decisão.
O MEC é alvo de disputas entre diferentes alas de influência do governo desde o ano passado, e cada grupo insiste em emplacar um indicado que atenda sua agenda. O governo tenta um nome considerado técnico, após os desgastes acumulados com o MEC, mas sem desagradar a militância ideológica mais fiel ao governo.
A informação de que Bolsonaro convidou Feder foi confirmada à reportagem por auxiliares diretos de Bolsonaro no Palácio do Planalto.
Após o presidente ter confirmado a escolha a aliados, setores da base de Bolsonaro entraram em campo para tentar revertê-la.
De acordo com pessoas ligadas a militares do Planalto, líderes de grandes igrejas evangélicas ligaram para o presidente questionando o presidente sobre a decisão. Pessoas envolvidas no processo, incluindo cotados para o cargo, colocam a nomeação sob desconfiança, uma vez que o próprio presidente não fez o anúncio.
Foi Bolsonaro quem fez os anúncios dos outros ministros da Educação. Isso ocorreu com Ricardo Vélez Rodrigues, Abraham Weintraub e Carlos Alberto Decottelli. Todos os nomes causaram surpresa ao serem divulgados.
Feder também não é um nome alinhado aos militares do governo. Parte desse grupo vinha defendendo o nome do atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), Anderson Correia, que também é bem visto por evangélicos.
Deputados bolsonaristas, como Bia Kicis (PSL-DF), escreveram em redes sociais que o presidente escolheu o secretário do Paraná e receberam diversos comentários críticos ao nome de Feder.
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub também publicou uma mensagem desejando sorte a Feder, e da mesma forma reclamações quanto à escolha em respostas ao post.
Um dos alunos mais próximos de Olavo de Carvalho, Silvio Grimaldo publicou mensagem dura a respeito do secretário do Paraná.
"Renato Feder entregou a Secretaria de Educação do Paraná para a Vetor Brasil, uma das ONGs de gestão educacional da Lemann. Se o @jairbolsonaro entregar o MEC para isso aí, pode apagar aquele discurso bonito na ONU", escreveu Grimaldo.
Antes de fazer o anúncio final, o governo observa a repercussão com relação à escolha de Feder e escalou deputados aliados, entre eles Carla Zambelli, para tentar arrefecer as críticas.
"Renato Feder defende a escola e o ensino sem ideologia política, qualquer q seja ela. Sabemos q ele irá trabalhar p/ formar adolescentes c/ excelência em português, matemática, ciência e afins. É exatamente o q queremos. Alunos livres e competitivos p/ o mercado. Bem vindo! Bandeira do Brasil", escreveu a deputada bolsonarista.
Como munição contra Feder, olavistas têm ressaltado sua proximidade com o PSDB e o financiamento dele para a candidatura de João Doria para a Prefeitura de São Paulo. Denúncia de crime fiscal relacionada à empresa Multilaser, da qual ele é sócio, também tem sido explorada.
Folhapress
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