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Política

- Publicada em 15 de Maio de 2020 às 17:01

Trocas no Ministério da Saúde prejudicam o enfrentamento à Covid-19, diz Eduardo Leite

Teich (d), que substituiu o ministro Mandetta, permaneceu menos de um mês no cargo

Teich (d), que substituiu o ministro Mandetta, permaneceu menos de um mês no cargo


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
Fernanda Crancio
Atualizada às 17h43min
Atualizada às 17h43min
Ao cometar o pedido de demissão do ministro da Saúde Nelson Teich, nesta sexta-feira (15), o governador Eduardo Leite destacou que as constantes trocas na equipe ministerial prejudicam o enfrentamento à Covid-19 no País e causam insegurança aos brasileiros.
Para Leite, a falta de clareza nas políticas do governo federal para enfrentamento ao coronavírus gera perda de velocidade na política ministerial. "Não podemos deixar de lamentar que neste momento de enfrentamento ao coronavírus tenhamos uma segunda troca no principal ministério. O enfrentamento exige uma política pública de saúde com força, velocidade, com integração do Sistema Único de Saúde", apontou.
Segundo o governador, não houve tempo hábil para uma avaliação do trabalho do ministro, que substituiu Luiz Henrique Mandetta e ficou menos de um mês no cargo. Leite disse que participou apenas de uma reunião com Teich, conjunta com os demais governadores do Sul, e que observava uma ação tímida da equipe, natural pela troca recente.
Para ele, a nova  demissão na Saúde traz insegurança, perda de confiança no governo central e pouca esperança em relação ao futuro do Brasil, o que  compromete a economia como um todo. "Se as pessoas não observam a atuação do governo federal de forma clara e correta não adianta pedir para que saiam de casa e voltem a consumir para que a economia se reative", disse.
De acordo com Leite, é fundamental que o Planalto alinhe suas equipes ao Ministério da Saúde, "com respeito à ciência e integração com os entes subnacionais".
O governador também comentou a demora do governo federal em sancionar a ajuda emergencial aos estados e municípios.  Segundo ele, o fato de o presidente Jair Bolsonaro ainda não ter sancionado a medida parece ser uma decisão meramente política. "Aguardamos essa sanção, que é fundamental para a população brasileira que vive nos estados e municípios e que terá serviços precarizados", apontou.
Até agora, destaca Leite, o Planalto repassou  ao Rio Grande do Sul apenas R$ 10 milhões do Fundo de Participação dos Estados (R$ 1,5 milhão referente a abril e R$ 8,5 milhões referentes a maio). "Isso nos causa frustração, seguimos sangrando, deslocando de 13 para 42 dias a folha de pagamento dos servidores do Estado. Nós esperamos que o presidente sancione o  mais rápido possível, para que possamos ter a definição do aporte desses recursos, pois quem paga o preço é a população", concluiu.
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