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Política

- Publicada em 14 de Maio de 2020 às 16:10

Grampos da Lava Jato do Rio revelam fraudes e corrupção até na pandemia

Grupo alvo da Operação Favorito se valeu da pandemia para obter contratos ilicitamente

Grupo alvo da Operação Favorito se valeu da pandemia para obter contratos ilicitamente


Arquivo/ Agência Brasil/ JC
Agência Estado
Segundo o Ministério Público Federal, interceptações telefônicas da Lava Jato identificaram que o grupo criminoso alvo da Operação Favorito nesta quinta (14) se valeu da situação de calamidade relacionada à pandemia do novo coronavírus para obter contratos de forma ilícita com o poder público e além disso vinha destruindo provas sobre o esquema e realizando ações de contrainteligência.
Segundo o Ministério Público Federal, interceptações telefônicas da Lava Jato identificaram que o grupo criminoso alvo da Operação Favorito nesta quinta (14) se valeu da situação de calamidade relacionada à pandemia do novo coronavírus para obter contratos de forma ilícita com o poder público e além disso vinha destruindo provas sobre o esquema e realizando ações de contrainteligência.
Segundo a Procuradoria, o grupo era investigado desde 2019 e a operação estava autorizada desde fevereiro, mas as medidas ostensivas haviam sido adiadas por causa da Covid-19. No entanto, os crimes em andamento motivaram as ações nesta manhã, 'em razão do risco de novos desvios', diz o MPF.
O ex-deputado estadual Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto foram presos no âmbito da 'Favorito' na manhã desta quinta (14). Além da ação da força tarefa, foi aberta uma outra ação com o mesmo nome e alvos em comum pelo Ministério Público do Estado, para apurar desvios de mais de R$ 3 milhões em recursos da saúde do Estado.
Além das prisões de Paulo Melo e Mário Peixoto, a PF cumpriu outros três mandados de busca e apreensão e fez 45 buscas em endereços do Rio de Janeiro e Minas. Segundo o MPF, também foram intimadas 11 pessoas para depor no âmbito do inquérito, sendo que tais medidas se deram em substituição a prisões temporárias solicitadas anteriormente.
A ação da Lava Jato é um desdobramento das Operações Descontrole, Quinto do Ouro e Cadeia Velha, que investigaram crimes envolvendo Conselheiros do Tribunal de Contas e Deputados Estaduais da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, informou a Procuradoria.
Segundo o MPF, as investigações se referem a desvios em contratos na área da saúde envolvendo organizações sociais e contaram medidas de interceptação telefônica, quebras de sigilos fiscal, banca?rio, telefônico, telemático e cooperação jurídica internacional, autorizadas judicialmente.
Em fevereiro o juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio autorizou as medidas requeridas pela Procuradoria e a PF, mas a fase ostensiva da investigação acabou adiada por causa da pandemia do novo coronavírus.
No entanto, segundo os investigadores, com o prosseguimento das interceptações telefônicas e telemáticas, foi possível colher provas de que a organização criminosa 'persistiu com as práticas criminosas mesmo durante o agravamento da pandemia, inclusive se valendo da situação de calamidade que autoriza a contratação emergencial e sem licitação para obter contratos de forma ilícita com o poder público'.
"Além disso, constatou-se, através de dia?logos interceptados em março e abril de 2020, que a organização criminosa vinha destruindo provas e realizando ações de contrainteligência", afirmou a Procuradoria em nota.
Assim, a PF e o MPF requereram ao juízo que fossem cumpridos os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão já expedidos, bem como autorizadas novas medidas em relação a investigados e fatos que surgiram no curso das investigações.
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