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Política

- Publicada em 29 de Abril de 2020 às 03:00

Deputados querem anular nomeação de novo titular da PF

Um grupo de deputados federais busca na Justiça a anulação da nomeação de Alexandre Ramagem para a chefia da Polícia Federal (PF). Ramagem é amigo pessoal da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), cujos filhos são investigados pela PF. Ao se demitir do Ministério da Justiça, o ex-ministro Sérgio Moro acusou Bolsonaro de interferir politicamente na polícia.
Um grupo de deputados federais busca na Justiça a anulação da nomeação de Alexandre Ramagem para a chefia da Polícia Federal (PF). Ramagem é amigo pessoal da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), cujos filhos são investigados pela PF. Ao se demitir do Ministério da Justiça, o ex-ministro Sérgio Moro acusou Bolsonaro de interferir politicamente na polícia.
Por isso, parlamentares - como Henrique Fontana (PT), Marcelo Freixo (PSOL) e Fernanda Melchionna (PSOL) - ingressaram ontem com uma ação popular na 13ª Vara da Justiça Federal para anular a nomeação de Ramagem, por desvio de finalidade e violação às normas da Constituição.
Fontana afirma que a ação popular visa anular a nomeação do diretor-geral da PF e proteger as investigações que envolvem a família Bolsonaro, além de preservar a Polícia Federal deste movimento de partidarização para transformá-la em uma polícia política.
A nomeação ocorre durante uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o funcionamento de uma rede de fake news, apelidada de 'gabinete do ódio', pois tem como objetivo atacar e destruir a imagem de pessoas e instituições que discordem do governo. O gabinete do ódio teria a intensa participação dos filhos do presidente, em especial do vereador Carlos Bolsonaro. Além disso, a PF investiga a relação da família Bolsonaro com as milícias. "Onde está Queiroz? Como funcionava a rachadinha no gabinete do outro filho, o (senador) Flávio Bolsonaro? O presidente está claramente tentando asfixiar essas investigações", acusou o petista.
Em sua conta no Twitter, Fernanda Melchionna sustentou que "Bolsonaro tem tratado o governo do Brasil como se fosse um negócio de família. Vemos um escândalo atrás do outro, que vão ficando piores com a aproximação de investigações da PF contra a 'familícia'. Quem discorda deles, vira alvo de uma máquina de difamações do gabinete do ódio". E concluiu: "Precisamos debelar o gabinete do ódio! Não podemos permitir que Bolsonaro transforme a Polícia Federal em uma polícia POLÍTICA para proteger a 'familícia'".
 
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