Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Alexandre Ramagem já deu início ao processo de transição para assumir o comando da Polícia Federal. Segundo relatos, o delegado fez nesta segunda-feira contato com integrantes da ainda atual diretoria. Uma reunião chegou a ser pré-agendada.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, no fim de semana, auxiliares do presidente fizeram consultas informais a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o risco de a indicação ser barrada.
A expectativa da PF é a de que a nomeação seja oficializada nas próximas horas.
Maurício Valeixo, ex-diretor-geral, deve assumir uma adidância fora do País. O mais provável é que seja em Portugal. Outros diretores também devem ser convidados.
A indicação é feita pelo comando do órgão e o delegado pode ou não aceitar.
Nas últimas trocas da PF, os chefes também foram colocados em outras funções, fora da gestão. Leandro Daiello se aposentou, Fernando Segovia foi para a Itália e Rogério Galloro foi para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ocupantes de outros cargos de diretoria também assumiram cargos fora do país nas administrações passadas.
Ramagem é próximo da família Bolsonaro. Ele conheceu o presidente e os filhos em 2018, durante a eleição. Depois, assumiu a chefia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Em reunião neste domingo, o presidente avisou que nomearia Jorge Oliveira, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, para o lugar de Sérgio Moro à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública.