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Política

- Publicada em 22 de Abril de 2020 às 03:00

Presidente Bolsonaro modulou discurso após pressão

Sob pressão da cúpula militar, do Judiciário e do Legislativo, Jair Bolsonaro modulou seu discurso, afirmou que a "democracia" e a "liberdade" estão acima de tudo e disse que ele é a Constituição, um dia depois de ter participado de manifestação diante do quartel-general do Exército que tinha entre suas bandeiras uma intervenção militar.
Sob pressão da cúpula militar, do Judiciário e do Legislativo, Jair Bolsonaro modulou seu discurso, afirmou que a "democracia" e a "liberdade" estão acima de tudo e disse que ele é a Constituição, um dia depois de ter participado de manifestação diante do quartel-general do Exército que tinha entre suas bandeiras uma intervenção militar.
A mudança de tom do presidente da República, nesta segunda-feira, foi seguida por um comunicado oficial, horas depois, do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, defendendo que as Forças Armadas têm como propósito manter a "paz" e a "estabilidade" e são sempre obedientes à Constituição.
A posição faz parte de um esforço iniciado por militares do governo para evitar que o gesto do presidente no domingo crie uma crise institucional. Naquele dia, Bolsonaro discursou a um grupo de apoiadores que pregavam a edição de um novo AI-5, o mais radical ato institucional da ditadura militar (1964-1985). Antes da divulgação do comunicado, o ministro da Defesa participou de teleconferência com os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica. A presença do presidente no protesto foi avaliada por integrantes do núcleo fardado do Planalto como despropositada.
"As Forças Armadas trabalham com o propósito de manter a paz e a estabilidade do País, sempre obedientes à Constituição Federal. O momento que se apresenta exige entendimento e esforço de todos os brasileiros", afirmou a nota.
O ministro salientou que "nenhum país" estava preparado para a atual pandemia e que a nova realidade requer adaptação das Forças Armadas para combater um inimigo comum a todos: "O coronavírus e suas consequências sociais".
No domingo, de acordo com assessores palacianos, Bolsonaro foi aconselhado a não comparecer à manifestação, o que ignorou. Nesta segunda-feira, o presidente seguiu o conselho da cúpula fardada e modulou seu discurso público.
 
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