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Política

- Publicada em 18 de Abril de 2020 às 11:35

Carreata em Porto Alegre pede fim do isolamento e reabertura do comércio

Segundo a organização do evento, a carreata reuniu cerca de 300 carros nas principais vias da Capital

Segundo a organização do evento, a carreata reuniu cerca de 300 carros nas principais vias da Capital


THIAGO COPETTI/ESPECIAL/JC
Diego Nuñez
A 'Carreata Verde e Amarela' - nome que, além de exaltar o patriotismo marcante do movimento de extrema direita brasileiro, remete à minirreforma trabalhista proposta pelo Governo Federal que pode ser barrada pelo Congresso, passou por ruas e avenidas de Porto Alegre na manhã deste sábado (18). Manifestações móveis puxadas pelo movimento têm sido frequentes para defender a reabertura do comércio, que sofre restrições devido à pandemia de coronavírus. 
A 'Carreata Verde e Amarela' - nome que, além de exaltar o patriotismo marcante do movimento de extrema direita brasileiro, remete à minirreforma trabalhista proposta pelo Governo Federal que pode ser barrada pelo Congresso, passou por ruas e avenidas de Porto Alegre na manhã deste sábado (18). Manifestações móveis puxadas pelo movimento têm sido frequentes para defender a reabertura do comércio, que sofre restrições devido à pandemia de coronavírus. 
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Segundo a organização do evento, a carreata reuniu cerca de 300 carros. A concentração para a manifestação sob rodas foi em frente ao DC Shopping, próximo à BR-290. A saída dos manifestantes iniciou às 10h e a carreata seguiu pela avenida Farrapos em direção ao Centro Histórico. Após passar pelo centro, a carreata seguiu para a avenida Ipiranga, se movimentando em sentido Centro/Bairro, e chegou até a avenida Goethe, no bairro Moinhos de Vento, onde foi finalizada. 
Para este domingo (19), o grupo chamou nova ação, desta vez com saída da região do Parcão, na avenida Goethe, a partir das 14h. 
De cima de um carro de som, o deputado estadual Ruy Irigaray (PSL), que centralizou a organização do ato, discursava a favor de isolamento apenas para as pessoas de grupos de risco para o novo coronavírus, da reabertura comercial e industrial completa e passava boa parte do tempo atacando o Partido dos Trabalhadores (PT) e os "esquerdistas da janela", como definiu.
"O povo sempre responde e está na rua. Não permitiremos que quebrem o Brasil. Estamos juntos com Bolsonaro", declarou Irigaray diretamente à câmera de vídeo que transmitia o evento ao vivo via Facebook.
"A esquerda e o Rodrigo Maia (DEM, presidente da Câmara dos Deputados) não quer que o povo volte a trabalhar. Por quê? Eles querem quebrar o Brasil", continuou o parlamentar.
"Deixa o povo trabalhar, Marchezan e Eduardo Leite. Ninguém é obrigado a trabalhar. Vagabundo vai continuar vagabundo. Mas não podemos impedir o povo honesto de trabalhar", incitou a militante Paula Cassol, que dividia o microfone com o deputado, enquanto o carro de som passava próximo à prefeitura da Capital.
"O povo não pode ser confinado. Temos que exigir nossa liberdade", exclamou ela, logo antes de as caixas sonoras reproduzirem o hino nacional.
A convocação para o ato foi feito através de um evento no Facebook, que tinha como capa, uma imagem com o chamado: "Venha protestar contra a Globo e a favor do presidente (Jair) Bolsonaro (sem partido) e da retomada da economia do país". O evento foi coordenado e impulsionado pelo bolsonarismo gaúcho, através de páginas e perfis de apoio ao presidente da República.
Apesar de ter sido eleito para a Assembleia Legislativa pelo PSL em 2018, Irigaray irá acompanhar Bolsonaro caso haja sucesso na tentativa do presidente de formar um novo partido, o Aliança Pelo Brasil (APB).

Sindicato tentou impedir carreata na Justiça

O Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Sintrajufe) ingressou, na sexta-feira (17), com uma ação judicial pedindo a proibição da manifestação contra as medidas de distanciamento social.
Na ação, os sindicatos buscam solicitavam duas coisas: uma liminar de tutela de urgência para determinar a Irigaray que se abstenha de promover e realizar a carreata e que comunique, em todas as suas redes sociais, o teor da medida liminar como meio de evitar ou minimizar a concentração de pessoas previamente convidadas; e que o Estado e a prefeitura de Porto Alegre tomassem medidas necessárias para evitar a realização do evento.
Conforme os decretos dos governos estadual e municipal, que declararam estado de calamidade pública e determinaram medidas de isolamento social, está proibida a realização “de eventos em local fechado ou aberto em vias e logradouros públicos ou privados, independentemente da sua característica, condições ambientais, tipo do público, duração, tipo e modalidade”.
Por isso, as entidades cobravam uma atitude não só dos organizadores, como também do Palácio Piratini e do Paço Municipal.
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