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Política

- Publicada em 15 de Março de 2020 às 19:41

Em meio a coronavírus, ato pró-Bolsonaro em Porto Alegre pede fechamento do Congresso

Apesar da orientação para evitar aglomerações, manifestantes se concentraram no Parcão

Apesar da orientação para evitar aglomerações, manifestantes se concentraram no Parcão


FOTOS NÍCOLAS CHIDEM/JC
Marcus Meneghetti
Apesar da recomendação do Ministério da Saúde para as pessoas evitarem aglomerações por conta da pandemia de coronavírus, manifestantes se reuniram em Porto Alegre neste domingo (15) para expressar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pedir o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar da recomendação do Ministério da Saúde para as pessoas evitarem aglomerações por conta da pandemia de coronavírus, manifestantes se reuniram em Porto Alegre neste domingo (15) para expressar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pedir o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os manifestantes se reuniram nos arredores do Parcão, o tradicional local de manifestações de grupos de direita. Um carro de som estacionou perto da passarela de pedestres da Avenida Goethe. A multidão ocupou as duas pistas da avenida, entre a passarela e a esquina com a Rua Mostardeiros.
Muitas ativistas eram da terceira idade - um dos grupos mais vulneráveis ao coronavírus. Embora alguns manifestantes ironizassem a gravidade da doença, diversos idosos usaram máscaras de proteção. As máscaras não impediram que acompanhassem as canções da Banda Loka Liberal, que puxava cânticos de protesto em cima do carro de som.
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"Chora petista, bolivariano; a robalheira do PT tá acabando; tua conduta é imoral; fere os princípios da CF (constituição Federal) nacional; olê, olê, o STF é um puxadinho do PT...", foi uma das músicas entoadas.
Além da música, muitas pessoas seguravam faixas e cartazes. Alguns pediam explicitamente o "fechamento do Congresso já!". Outros diziam que "o repúdio não é ao Congresso, mas aos seus presidentes Rodrigo Maia (DEM-RJ, presidente da Câmara dos Deputados) e Davi Alcolumbre (DEM-AP, presidente do Senado) e seus fantoches".
No início de 2019, Maia se elegeu presidente da Câmara dos Deputados com 334 dos 512  votos registrados. Muitos membros da base aliada de Bolsonaro votaram em Maia. Alcolumbre se elegeu presidente do Senado, com o apoio do então chefe da Casa Civil e agora ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM).
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Manifestantes pró-Bolsonaro pediram o fechamento do Congresso e intervenção militar
Outros manifestantes davam vazão às supostas irregularidades denunciadas por Bolsonaro na semana passada, quando ele disse que tinha vencido as eleições em primeiro turno. Apesar de dizer que possuía provas, não as apresentou, nem disse quais eram as evidências. De qualquer forma, a fala do presidente repercutiu entre seus apoiadores. Tanto que vários cartazes expressavam: "não confio na urna eletrônica" e "quero cédula de papel".
Uma senhora da terceira idade, apesar de proteger-se com uma máscara cirúrgica, segurava um cartaz com um trocadilho envolvendo o coronavírus e o presidente da Câmara. "Coronavírus? Tem coisa pior, Maia vírus".
Aliás, o coronavírus foi abordado também por uma das organizadoras do protesto, que discursou no microfone do carro de som. A porta-voz do Movimento Brasil Livre (MBL) em Porto Alegre, Paula Cassol, disse que "a organização sofreu muita pressão para não realizar a manifestação".
Ela também acusou a imprensa de tentar responsabilizar a mobilização pró-Bolsonaro pela disseminação do vírus. Disse que os meios de comunicação, ao noticiarem o evento, relacionariam qualquer novo caso no Estado à mobilização. "Mas, em São Paulo, o (governador João) Doria (PSDB) coloca sete milhões no metrô todos os dias e ninguém fica preocupado", comparou.
Na verdade, a maioria dos países que estão sofrendo com o surto de coronavírus recomenda que a população evite aglomerações, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o próprio ministro da Saúde de Bolsonaro, Luiz Mandetta, orientou a população a isso.
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Muitos idosos utilizaram máscaras de proteção durante ato, por serem grupo vulnerável ao coronavírus
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