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Política

- Publicada em 27 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Para líder da bancada gaúcha, governo revela despreparo

Eleitor de Bolsonaro, Cherini vê distorção sobre o Parlamento

Eleitor de Bolsonaro, Cherini vê distorção sobre o Parlamento


/PABLO VALADARES/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Marcus Meneghetti
O líder da bancada gaúcha no Congresso Nacional, deputado federal Giovani Cherini (PL), criticou o apoio de membros do governo Jair Bolsonaro ao movimento hostil ao Congresso Nacional e em apoio ao governo federal. Para Cherini, o incentivo à mobilização - no 15 de março - revela mais "um despreparo do governo em trabalhar com o Congresso, do que um problema na conduta dos parlamentares".
O líder da bancada gaúcha no Congresso Nacional, deputado federal Giovani Cherini (PL), criticou o apoio de membros do governo Jair Bolsonaro ao movimento hostil ao Congresso Nacional e em apoio ao governo federal. Para Cherini, o incentivo à mobilização - no 15 de março - revela mais "um despreparo do governo em trabalhar com o Congresso, do que um problema na conduta dos parlamentares".
Nas redes sociais, postagens atacam o Parlamento e apoiam a declaração do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que, na semana passada, disse que "o Congresso chantageia o governo". Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o deputado avalia que atingir o Congresso pode servir "para que, talvez, se possa implementar um governo que não precise dar explicações para ninguém". E completa: "defendo o governo, não 'loucuragem'".
Jornal do Comércio - O que pensa sobre o ato do dia 15?
Giovani Cherini - Esse movimento não vai dar em nada. A população não vai atender a isso. O Brasil não suporta mais quem quer colocar gasolina no fogo. (Os organizadores do evento) trabalham com uma visão distorcida do Parlamento. Vai ser um movimento como aquele que dizia que o Brasil iria parar quando o (ex-presidente Luiz Inácio) Lula (da Silva, PT) saísse da cadeia. O mesmo radicalismo que se questionava do lado do PT, agora também existe no outro lado. Infelizmente, não ajuda o Brasil em nada. Defendo o governo, não loucuragem. Loucuragem não é comigo.
JC - Ativistas pró-Bolsonaro elogiaram a fala do general Augusto Heleno. Como vê o apoio a essa declaração?
Cherini - O governo Bolsonaro, no ano passado, prometeu emendas parlamentares ao Congresso, sem que os parlamentares pedissem. E não pagou. Então, se alguém está devendo, é o Planalto. Parece que (o incentivo aos movimentos contra o Congresso) demonstra mais um despreparo do governo em trabalhar com o Congresso do que um problema na conduta dos parlamentares. O governo se aproveita de um desgaste dos políticos no Brasil para que, talvez, se possa implementar um governo que não precise dar explicações para ninguém.
JC - Vários líderes nacionais veem nesse movimento uma afronta à democracia. Concorda?
Cherini - Não conheço nenhuma ditadura no mundo que tenha dado bons resultados. Mas a democracia exagerada também é absurda. Por isso, votei no Bolsonaro. Havia muitos conselhos, muito "reunismo" e pouco resultado. Só que, em função disso, não podemos caminhar rumo a uma ditadura. A democracia dá trabalho, tem que dialogar, prestar contas, se reunir. Tem gente que não gosta disso. Por isso, existe essa disputa no Planalto entre os militares e civis. Respeito muito a farda, mas cada macaco no seu galho: a política com os políticos, a segurança com os militares.
 
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