Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 04 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Polo assume Parlamento gaúcho com tom conciliador

Novo presidente quer melhorar a competitividade do Estado e defendeu benefícios fiscais

Novo presidente quer melhorar a competitividade do Estado e defendeu benefícios fiscais


VINICIUS REIS/AGÊNCIA ALRS/JC
Marcus Meneghetti
Depois de assumir como o novo presidente da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira, o deputado estadual Ernani Polo (PP) defendeu, em uma entrevista coletiva, a criação de um fundo para captar recursos a acessos asfálticos no Interior e benefícios fiscais para alguns setores da economia gaúcha. Em seu discurso no plenário do Parlamento gaúcho, onde a cerimônia de posse reuniu centenas de convidados, Polo pediu a união das forças políticas para tornar o Rio Grande do Sul mais competitivo.

Depois de assumir como o novo presidente da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira, o deputado estadual Ernani Polo (PP) defendeu, em uma entrevista coletiva, a criação de um fundo para captar recursos a acessos asfálticos no Interior e benefícios fiscais para alguns setores da economia gaúcha. Em seu discurso no plenário do Parlamento gaúcho, onde a cerimônia de posse reuniu centenas de convidados, Polo pediu a união das forças políticas para tornar o Rio Grande do Sul mais competitivo.

"Temos que brigar menos e fazer mais", disse na tribuna. E prosseguiu: "Não desejo um Parlamento apolítico ou acrítico, apenas que ponha mais a mão na massa, como faz a sociedade".

De fato, o parlamentar parece ter potencial para agregar opostos políticos. Tanto que, além do governador Eduardo Leite (PSDB), havia cinco ex-governadores de matrizes políticas distintas: Jair Soares (PP, 1983-1987), Olívio Dutra (PT, 1999-2002), Germano Rigotto (MDB, 2003-2006), Tarso Genro (PT, 2011-2010) e José Ivo Sartori (MDB, 2015-2018). Polo agradeceu cordialmente a presença de todos - especialmente a de Sartori, "que tive a oportunidade de integrar a equipe de governo, como secretário estadual da Agricultura".

Entre as ações que precisam de unidade política para darem certo, Polo citou a busca pelos ressarcimentos da Lei Kandir. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o ex-governador Pedro Simon (MDB, 1987-1990) afirmou que o Rio Grande do Sul precisa se unir para negociar uma espécie de encontro de contas entre o que a União deve ao Estado pela Lei Kandir e o que o Estado deve à União, por conta da dívida pública.

"O ex-senador Pedro Simon propõe uma mobilização pela Lei Kandir. Sou parceiro. Mas vamos além. Temos que buscar também os créditos previdenciários. Não podemos achar que só devemos à União, porque ela também nos deve", disse Polo.

Depois da cerimônia, o novo presidente da Assembleia falou com jornalistas e radialistas de todo o Estado. Perguntado por um jornalista sobre como a Assembleia poderia contribuir para a construção de acessos asfálticos em municípios do Interior, Polo defendeu a criação de um fundo com recursos específicos para esse fim. Conforme a Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), há mais de 50 municípios no Estado sem estradas asfaltadas.

Na coletiva, ele também respondeu a uma pergunta sobre os benefícios fiscais. Conforme o governador Eduardo Leite, o governo vai se concentrar, neste ano, em uma reforma tributária estadual. Polo defendeu alíquotas diferenciadas para alguns setores. Os benefícios fiscais estão relacionados ao principal objetivo da sua gestão no Legislativo: promover medidas que melhorem a competitividade do Rio Grande do Sul.

"Benefícios são um dos componentes (da competitividade). Há outros fatores que podem ser melhorados, como infraestrutura, educação e segurança. Quanto aos benefícios, acredito que seja melhor ter alíquotas diferenciadas para alguns setores em que há uma forte competição, como o setor leiteiro e o de proteína animal. É melhor ter alíquotas menores e o setor produzindo do que aumentar as alíquotas imaginando que vai arrecadar mais, quando, na verdade, a arrecadação diminui por conta do sufocamento das empresas", analisou Polo.

Ernani Polo substitui Luís Augusto Lara (PTB) na presidência da casa. O deputado do PP é o segundo presidente a assumir a gestão do Legislativo, seguindo o acordo que prevê o revezamento das quatro maiores bancadas na cadeira presidencial. Em 2021, o presidente será Gabriel Souza (MDB). E em 2022, Valdeci Oliveira (PT).

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO