O governador Eduardo Leite (PSDB) conseguiu vitórias expressivas que significam mudanças históricas na estrutura das carreiras do funcionalismo gaúcho. Os deputados aprovaram nesta quarta-feira (29), na Assembleia Legislativa, a parte mais importante do pacote de reformas encaminhado pelo Palácio Piratini.
"Aprovamos o plano de carreira do Magistério, que há 46 anos resistia, e aprovamos o estatuto dos servidores, sempre olhando para quem ganha menos", comemorou o governador. Leite comemorou a "compreensão dos deputados da base, que fizeram um grande esforço. Foram incansáveis no diálogo, ouvindo e fazendo suas demandas ao longo dos últimos quatro meses de articulação política".
Mesmo com a aprovação de projetos trabalhados e discutidos durante todo o primeiro ano de gestão do tucano no Palácio Piratini, Leite não pode assegurar o pagamento em dia do salário dos funcionários públicos em 2020.
O governador afirmou que, desde a campanha, dizia que, "se fosse colocado salário em dia sem a reestruturação, o Estado voltaria a atrasar os salários". "Esses projetos são determinantes para, assim que se coloque o salário em dia, não volte a atrasar", vinculou Leite.
"Para botar o salário em dia, precisamos gerar receita extraordinária suficiente para vencer o passivo que temos, o que demanda cerca de R 1,5 bilhão", contabiliza.
Sobre as mudanças no magistério, o governador considerou "um marco na carreira dos professores, que vai remunerar imediatamente melhor os professores que estão em sala de aula". "Vai ter dinheiro no bolso. Eles vão poder comprovar no contracheque nos próximos meses", garantiu Leite.
Na manhã desta quinta-feira (30), os deputados votarão os projetos que têm relação com a segurança pública e atingem diretamente os agentes da Brigada Militar, Polícia Civil e Susepe. "O que já tivemos de vitórias nos deixa muito confiantes para as próximas votações. Já vencemos a parte mais dura e importante. O governo tem segurança de que é correto, legal e constitucional."