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Política

- Publicada em 26 de Janeiro de 2020 às 19:36

Fim da licença-prêmio e novas alíquotas da Previdência: o que o Governo Leite já aprovou para os servidores

Servidores se mobilizam contra pacote do governador Eduardo Leite, no primeiro dia de votações

Servidores se mobilizam contra pacote do governador Eduardo Leite, no primeiro dia de votações


lourenço marchesan/ especial/ jc
Diego Nuñez
Desde a campanha eleitoral, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já deixou claro que um dos focos de sua gestão é a redução dos gastos com folha de pessoal do Estado. A convocação extraordinária da Assembleia Legislativa prevê mais nove projetos enviados pelo Palácio Piratini para votação.
Desde a campanha eleitoral, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já deixou claro que um dos focos de sua gestão é a redução dos gastos com folha de pessoal do Estado. A convocação extraordinária da Assembleia Legislativa prevê mais nove projetos enviados pelo Palácio Piratini para votação.
Antes disso, durante o primeiro ano de mandato, Leite já aprovou três projetos que interferem diretamente na vida dos servidores públicos gaúchos.
O primeiro tema tratado no governo tucano foi a polêmica licença-prêmio, logo em fevereiro. Antes, os servidores ganhavam uma licença de três meses a cada cinco anos de serviços prestados. Esse direito foi extinto.
No lugar, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual, aprovada por 38 votos a 12, estabeleceu a licença-capacitação. Essa nova modalidade mantém a temporalidade anterior – três meses a cada cinco anos – contudo, agora, os servidores devem utilizar esse tempo em especializações profissionais.
Na mesma sessão, os deputados aprovaram uma outra matéria, que ficou conhecida como PEC do Tempo Ficto. O texto impede que os servidores públicos averbem tempo ficto ou o período trabalhado em outras esferas do serviço público (municipais ou federais) para se aposentarem. O tempo ficto se refere ao período das licenças não tiradas pelos servidores.
Ambos os projetos foram encaminhados à Assembleia ainda na gestão José Ivo Sartori (MDB) e aprovados em primeiro turno em julho de 2017. Porém, foi a base de Leite que coordenou a aprovação das matérias em segundo turno, para depois serem sancionadas pelo governador tucano.
Mais recentemente, o governo conseguiu uma importante vitória aprovando a reforma da Previdência estadual em 18 de dezembro do ano passado. A principal mudança que traz o texto aprovado por 38 votos a 15 é a criação de novas alíquotas previdenciárias para os servidores civis ativos e inativos e pensionistas.
Antes, os inativos não contribuíam, e os servidores ativos eram descontados com alíquota única de 14%. O projeto do atual governo criou oito faixas de contribuição apenas para as categorias civis. Os militares estão contemplados em projeto que vai ser votado na convocação extraordinária, mas o tema deve ser um dos mais difíceis de passar.

Novas alíquotas de acordo com a faixa de aposentadoria:

  • Um salário-mínimo (R$ 1.039,00): 7,5%
  • Um salário-mínimo a R$ 2 mil: 9%
  • R$ 2.000,01 até R$ 3 mil: 12%
  • R$ 3.000,01 até o teto do INSS (R$ 6.084,71): 14%
  • Do teto do INSS a R$ 10 mil: 14,5%
  • R$ 10.000,01 a R$ 20 mil: 16,5%
  • R$ 20.000,01 a R$ 39 mil: 19%
  • Acima de R$ 39 mil: 22%
* Aposentados que ganham menos de um salário mínimo ficam isentos da contribuição
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