A tradicional marcha abriu nesta terça-feira (21) o Fórum Social das Resistências, que segue a tradição do Fórum Social Mundial, que nasceu em Porto Alegre. Organizações sociais, políticas e religiosas deram início ao evento que terá debates e atividades até dia 25. A passeata teve concentração no Largo Glênio Peres, no fim da tarde no Centro Histórico, mesmo sob chuva. Os participantes seguiram pela avenida Borges de Medeiros até o Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa.
O Fórum tem como tema a "Democracia e o Direito dos Povos e do Planeta".
Integrantes da organização busca contribuir "para o pensamento crítico da população". "Na medida em que cresce a consciência crítica, as pessoas tomarão decisões, inclusive em período eleitoral como este ano, com maior consciência", diz o presidente da Central Única dos Trabalhadores no RS (CUT-RS), Claudir Nespolo.
Ao longo de cinco dias, o evento irá oferecer atividades como seminários e assembleias com convidados nacionais e internacionais.
Autoridades políticas marcaram presença na marcha, como as deputadas federais Fernanda Melchionna (PSOL) e Maria do Rosário (PT) acompanharam o evento durante a tarde.
Fernanda destacou a importância do fórum como um espaço para debate e organização e citou a influência no atual cenário político. "Estamos defendendo um processo em que o povo seja chamado a participar e escolher entre os movimentos que fazem oposição aos governos Bolsonaro, Leite e Marchezan", afirmou Fernanda.
Maria do Rosário classificou o fórum como "um grito pela democracia, pela liberdade e resistência daqueles que sempre lutaram pela igualdade de direitos". A deputada do PT afirmou que os debates ganham impulso em ano eleitoral e projetou a "vitória de uma frente de esquerda".
Rosalva da Silva, integrante do terreiro Baba Diba de Yemonjá, definiu a situação do País como "complicada" e incentivou que as pessoas mostrem que "existimos, somos cidadãos, pagamos impostos, o Brasil sempre foi um país laico e nós vamos lutar até o fim para que continue assim".