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Política

- Publicada em 19 de Dezembro de 2019 às 21:36

Votação do projeto dos cobradores fica para 2020

Protestos da categoria ocorreram fora e dentro do Legislativo municipal

Protestos da categoria ocorreram fora e dentro do Legislativo municipal


/JEANNIFER MACHADO/CMPA/JC
Em sessão turbulenta, a Câmara decidiu a diar para 2020 a votação do projeto 2035/17 que prevê a extinção gradual de cobradores do transporte público de Porto Alegre. A votação não foi concluída em virtude da falta de quórum no início da noite desta quinta-feira.
Em sessão turbulenta, a Câmara decidiu a diar para 2020 a votação do projeto 2035/17 que prevê a extinção gradual de cobradores do transporte público de Porto Alegre. A votação não foi concluída em virtude da falta de quórum no início da noite desta quinta-feira.
Inicialmente, os vereadores pretendiam não apreciar o projeto, queriam debater a proposta que prevê a criação de cargos para substituir funcionários do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf).
Segundo a presidente da Câmara, Mônica Leal (PP), conforme regimento, o governo poderia indicar outra matéria para debate, visto que a discussão do projeto dos cobradores não tinha sido iniciada na sessão da quarta-feira. O vereador Cassio Trogildo (PTB), no entanto, defendeu que a pauta não havia sido priorizada anteriormente.
Após suspensão da sessão anunciada pela presidente, os vereadores acordaram em votar o projeto dos cobradores, desde que fosse garantido quórum para pautas como a da saúde.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Adair da Silva, afirmou que nenhuma decisão seria tomada antes do resultado final. "Se perdermos, vamos convocar uma assembleia para definir. Esperamos pela vitória, ainda vamos definir".
O líder do governo na Câmara, vereador Mauro Pinheiro (Rede), afirmou que a oposição mente ao dizer que haverá demissões em massa, em caso de aprovação da proposta. "Esse, junto de outros projetos que já foram aprovados nessa casa, vão garantir o emprego desses trabalhadores nas empresas de transporte público." Pinheiro destacou as medidas que o governo pretende adotar para a promoção de cargos dos servidores, incluindo propostas de capacitação.
Presidente da Câmara, Mônica Leal discursou contra o projeto. Sua fala gerou tumulto na Câmara, já que seu voto, enquanto presidente só teria validade em caso de empate, resultando na suspensão da sessão pelo vereador Mendes Ribeiro (MDB), que havia assumido a presidência. Mônica retomou o cargo alguns minutos depois.
O projeto 2035/17 recebeu 16 emendas que foram colocadas em discussão e votação ao longo de toda a tarde. Algumas haviam sido rejeitadas com pequena margem de diferença entre os votos.
O líder da oposição, Roberto Robaina (PSOL), classificou os resultados como absurdos. "Infelizmente esses vereadores só pensam nos empresários e não no povo." Robaina disse que a mobilização dos rodoviários foi enorme, mas que os vereadores não se sensibilizaram com a categoria.
Já no início da noite, com pedidos de verificação de quórum e ausência da presidente da casa no plenário, vereadores contrários ao projeto não garantiram, por duas vezes, quórum suficiente para continuidade das votações, descumprindo acordo feito no início da tarde. Após a votação da emenda número 5, a sessão foi suspensa devido à falta de quórum.
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