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Política

- Publicada em 09 de Dezembro de 2019 às 16:48

Lava Jato já recuperou R$ 5 bilhões com delações e acordos de leniência em Curitiba e no Rio

As duas forças-tarefas conseguiram 200 condenações na primeira e segunda instância

As duas forças-tarefas conseguiram 200 condenações na primeira e segunda instância


Arquivo/ Agência Brasil/ JC
As forças-tarefa da Lava-Jato no Paraná e no Rio de Janeiro, as mais atuantes da operação no Brasil, já conseguiram devolver aos cofres públicos cerca de R$ 5,05 bilhões segundo números do Ministério Público Federal (MPF). Esse valor é a soma dos valores de multas decorrentes de acordos de delação premiada e de acordos de leniência firmados nos dois estados nos últimos cinco anos desde o início da operação em Curitiba.
As forças-tarefa da Lava-Jato no Paraná e no Rio de Janeiro, as mais atuantes da operação no Brasil, já conseguiram devolver aos cofres públicos cerca de R$ 5,05 bilhões segundo números do Ministério Público Federal (MPF). Esse valor é a soma dos valores de multas decorrentes de acordos de delação premiada e de acordos de leniência firmados nos dois estados nos últimos cinco anos desde o início da operação em Curitiba.
Desde 2005, a Organização das Nações Unidas instituiu o dia 9 de dezembro como o Dia Internacional contra a Corrupção. Esse número é apenas uma fração do que as operações de combate à corrupção esperam receber nos próximos anos, além de acordos com órgãos de controle como a Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU). Na última segunda-feira (2), a Lava-Jato de Curitiba anunciou que a cifra já recuperada pela força-tarefa paranaense chegou aos R$ 4 bilhões.
Em Curitiba, esse número poderá chegar a R$ 14,3 bilhões nos próximos anos, conforme novas parcelas forem pagas por acusados. A força-tarefa do Rio de Janeiro já realizou R$ 6,21 bilhões em reparação de danos.
Empresas que firmaram acordos de leniência a partir de dezembro de 2014 irão pagar cerca de R$ 25 bilhões em meio aos 19 compromissos homologados por MPF, CGU e AGU. Entre esses, está o maior valor de um acordo desse tipo na história: os R$ 10,3 bilhões que a J&F, companhia que controla a JBS, aceitou pagar em razão de acordo feito com o Ministério Público Federal do Distrito Federal.
No caso do Paraná, boa parte dos valores foram revertidos à Petrobras, considerada a vítima dos esquemas de corrupção de seus funcionários, que ofereciam vantagens a determinadas empresas do cartel de empreiteiras em troca de propinas ou recursos para campanhas eleitorais de partidos como o PT, MDB e PP. No Rio de Janeiro, que teve como principal alvo o ex-governador Sérgio Cabral, parte das multas foi revertida para aliviar o crise econômica do estado: R$ 250 milhões dos valores recuperados foram liberados para o pagamento do 13º atrasado de 146 mil aposentados e pensionistas do Rio de Janeiro.
Juntas, as duas forças-tarefas conseguiram 200 condenações na primeira e segunda instância. De acordo com números do MPF, a Lava-Jato do Paraná, em suas 68 operações desde março de 2014 já cumpriu 162 mandados de prisão temporária e outros 165 de prisão preventiva e denunciou 484 pessoas.
Outro número relevante para a operação é a quantidade de acordos de colaboração premiada firmados pelo MPF e homologados no Supremo Tribunal Federal em atuação conjunta com a Procuradoria-Geral da República: 138. Esse número é maior, por exemplo, do que o número de ações penais da operação: 116. O instituto da delação premiada é considerado por especialistas e procuradores como um dos pilares da operação, mas também foi alvo de críticas de alguns dos denunciados, que os acordos foram utilizados como forma de barganha para que alguns dos investigados pudessem deixar a cadeia.
No Rio de Janeiro, foram 37 acordos de colaboração premiada firmados em comparação a 39 operações realizadas e 56 ações penais apresentadas à Justiça Federal do Rio de Janeiro. Principal alvo da operação, o ex-governador Sergio Cabral é alvo de 30 denúncias em todo o Brasil. Só no desdobramento no estado fluminense, ele já tem 11 condenações que superam os 200 anos de prisão.
Agência O Globo
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