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Partidos

- Publicada em 09 de Dezembro de 2019 às 03:00

Eduardo Leite cumprimenta Doria e diz não haver 'disputa nenhuma'

Leite disse que o colega paulista é 'um grande parceiro'

Leite disse que o colega paulista é 'um grande parceiro'


/GEORGE GIANNI/PSDB/DIVULGAÇÃO/JC
Na tentativa de afastar rumores de uma concorrência interna pela candidatura do PSDB à presidência da República em 2022, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de São Paulo, João Doria, trocaram afagos durante a convenção nacional do partido em Brasília neste sábado (7).
Na tentativa de afastar rumores de uma concorrência interna pela candidatura do PSDB à presidência da República em 2022, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de São Paulo, João Doria, trocaram afagos durante a convenção nacional do partido em Brasília neste sábado (7).
O aceno inicial partiu de Leite, que foi o primeiro dos governadores chamado ao palco e subiu sob gritos de "Eduardo 2022" por parte da plateia. De microfone sem fio em punho, o gaúcho optou por descer do palco e falar do mesmo lugar da plateia.
Ao comentar as eleições de 2022, Leite cumprimentou Doria, que se levantou. Os dois apertaram as mãos e trocaram um abraço. O governador gaúcho disse que o colega paulista é um "grande parceiro". "A gente está junto pelo Brasil", afirmou. "Não tem disputa nenhuma."
O governador paulista também reafirmou que defende a realização de prévias municipais, estaduais e no plano federal para que o PSDB decida seus candidatos.
Leite deixou a porta aberta para as eleições. Ele, que já prometeu não concorrer à reeleição para governador do Rio Grande do Sul, disse que está à disposição do partido.
A convenção também foi marcada pelo lançamento de uma nova estratégia, na tentativa de recuperar espaço entre o eleitorado de direita, sobretudo entre os arrependidos com o presidente Jair Bolsonaro. A legenda encampou bandeiras liberais na economia e conservadoras na segurança. E, para se diferenciar do atual governo federal, refutou a defesa de uma pauta de costumes e criticou atitudes autoritárias.

Tucanos buscam eleitores arrependidos com Bolsonaro

Após ter perdido apoio entre eleitores tucanos na última eleição presidencial, o PSDB oficializou neste sábado uma nova estratégia de imagem na tentativa de recuperar espaço entre o eleitorado de direita, sobretudo entre os arrependidos com o presidente Jair Bolsonaro.
No congresso nacional do partido, promovido na capital federal, a legenda encampou bandeiras liberais na economia e conservadoras na segurança. E, para se diferenciar do atual governo federal, refutou a defesa de uma pauta de costumes e criticou atitudes autoritárias.
O novo discurso foi baseado em consulta prévia promovida pelo partido entre seus filiados, que cobraram uma espécie de guinada responsável de direita. As pesquisas realizadas pela sigla mostraram ainda insatisfação entre eleitores do presidente com medidas polêmicas do atual governo.
"A época do muro acabou. Enquanto ele existiu, talvez tenha sido próprio e adequado. Hoje, o que os brasileiros esperam do novo PSDB é atitude, lado. O novo PSDB tem lado.Está ao lado do povo e não tem medo de fazer a defesa de programas e teses que representem o interesse o povo. Nada de ficar na dúvida, nada de ficar em cima do muro, nada de tentar a agradar a todos e a não agradar a ninguém", defendeu o governador de São Paulo, João Doria.
Em um contraponto ao discurso bolsonarista, por exemplo, a legenda pregou uma maior regulação e controle sobre porte e posse de armas de fogo, uma política externa focada no multilateralismo, a manutenção da atual política de cotas no ensino superior e a não interferência sobre comportamentos individuais.
Ao mesmo tempo, em um aceno a eleitores do presidente, defendeu as atuais reformas econômicas, uma política de privatizações no país, o aumento da punição para adolescentes acima de 16 anos que cometem crimes graves e a possibilidade de cobrança de mensalidades de alunos de renda alta em universidades públicas.