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Política

- Publicada em 26 de Novembro de 2019 às 17:45

Beto Richa vira réu pela 4ª vez em operação sobre desvio de verba de escolas

Para o MP, Richa comandou organização criminosa e foi o principal beneficiário de desvios de obras nas escolas estaduais

Para o MP, Richa comandou organização criminosa e foi o principal beneficiário de desvios de obras nas escolas estaduais


PEDRO RIBAS/GOVERNO DO PARAN/DIVULGAÇÃO/JC
O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) virou réu pela quarta vez no âmbito da Quadro Negro, operação que investiga supostos desvios de ao menos R$ 20 milhões em verbas destinadas à construção e reformas de escolas públicas no estado.
O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) virou réu pela quarta vez no âmbito da Quadro Negro, operação que investiga supostos desvios de ao menos R$ 20 milhões em verbas destinadas à construção e reformas de escolas públicas no estado.
A Justiça paranaense aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) na sexta-feira (22) sob a acusação dos crimes de lavagem de dinheiro e obstrução de investigação.
Também viraram réus sob a acusação dos mesmos crimes a esposa do político, Fernanda Richa, e o contador da família, Dirceu Pupo. Um dos filhos do ex-governador, André Richa, foi denunciado apenas por lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público, em 2013 Richa e seus familiares adquiriram um conjunto de salas comerciais em Curitiba por R$ 2,2 milhões. Cerca de R$ 830 mil do total teriam sido pagos em dinheiro com propina recebida de construtoras investigadas na Quadro Negro.
Os imóveis estão em nome da empresa que concentra o patrimônio da família Richa. Os indícios de lavagem estariam no pagamento do valor em espécie e na supervalorização de outro imóvel, que também seria de origem ilícita, dado como parte no negócio.
Em agosto do ano passado, no meio das investigações, Richa, a esposa e o contador ainda teriam tentado influenciar o corretor de imóveis que intermediou o negócio a esconder a existência do pagamento, caso viesse a ser procurado pelas autoridades.
Richa já responde por outros crimes no âmbito da operação Quadro Negro. Para o Ministério Público, o político comandou a organização criminosa e foi o principal beneficiário das propinas dadas pelas empresas envolvidas no esquema de desvios de obras nas escolas públicas estaduais.
Em março, a Justiça aceitou denúncia contra ele sob a acusação de organização criminosa, corrupção passiva e prorrogação indevida de contrato de licitação.
No mês seguinte, ele foi acusado de obstrução de investigação e organização criminosa. Logo em seguida, ele se tornou réu sob a acusação dos crimes de corrupção passiva e de obter vantagem indevida em contrato de licitação.
Em nota, a defesa de Beto Richa afirmou que recebe com "perplexidade" a notícia do recebimento da denúncia, já que os fatos já foram alvo de acusações anteriores. "O Ministério Público se contradiz, e agora acusa o ex-governador sem saber apontar a ilicitude dos recursos", diz a nota.
As defesas de Fernanda Richa e Dirceu Pupo foram procuradas, mas ainda não se manifestaram. A reportagemnão conseguiu contato com o advogado de André Richa.
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