Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 21 de Outubro de 2019 às 03:00

Risco político do governo federal aumenta com briga dentro do PSL

Ao dar as costas à sigla, Jair Bolsonaro fica frágil em votações e acordos

Ao dar as costas à sigla, Jair Bolsonaro fica frágil em votações e acordos


/EVARISTO SA/AFP/JC
Ao dar as costas para o PSL, seu partido, o presidente Jair Bolsonaro transformou o Congresso em um campo minado. Os flancos abertos vão além da votação de propostas que têm impacto fiscal, como as mudanças na Previdência dos militares e a reforma administrativa, e resultam em riscos políticos, como a condução dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.
Ao dar as costas para o PSL, seu partido, o presidente Jair Bolsonaro transformou o Congresso em um campo minado. Os flancos abertos vão além da votação de propostas que têm impacto fiscal, como as mudanças na Previdência dos militares e a reforma administrativa, e resultam em riscos políticos, como a condução dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.
A briga com o PSL ainda abre caminho para o grupo conhecido como centrão - composto por partidos como PSD, PP, PL, Solidariedade e Podemos - ampliar sua força política e, consequentemente, ditar os rumos de pautas do governo no Legislativo.
Para além dos votos de cada parlamentar do PSL, que tem a segunda maior bancada da Câmara, com 53 deputados, o governo precisa de uma base forte para a articulação política em favor de seus interesses e contra investidas de adversários. Pressionar pela inclusão de seus projetos na pauta de votações é uma das tarefas dos defensores do governo no Congresso.
Outro exemplo é a costura de acordos políticos para evitar a convocação de ministros e pessoas próximas a Bolsonaro. O presidente, porém, conflagrou uma guerra com o PSL se queixando publicamente de Luciano Bivar, presidente da sigla. A bancada do partido na Câmara se dividiu entre apoiadores dos dois.
A ofensiva do grupo de Bivar já começou na CPMI das Fake News, que ganhou o apelido de "CPI do Fim do Mundo", devido ao amplo espectro de alvos, que vão desde representantes de empresas de telefonia até youtubers. O PSL destituiu da comissão parlamentar de inquérito os dois principais defensores de Jair Bolsonaro por lá: Caroline de Toni e Filipe Barros. Os dois vinham fazendo barulho contra a aprovação de requerimentos da oposição. Um deles é para convocar o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente e responsável por sua estratégia digital.
Os adversários de Bolsonaro querem aproveitar a atual crise para avançar nas apurações, que, para eles, podem chegar à campanha eleitoral do presidente.
A crise eclodiu no momento em que o governo se prepara para enviar uma reforma administrativa que enxuga o tamanho da máquina pública. A ideia de alterar as regras de estabilidade de servidores deve enfrentar resistências entre parlamentares ligados a militares, como os do PSL.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO