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Política

- Publicada em 09 de Setembro de 2019 às 03:00

Pleito municipal é entrave a fusão entre DEM e PSDB

Apesar das palavras de incentivo do presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma fusão entre DEM e PSDB não está em pauta nos dois partidos. Interesses políticos no curto e médio prazos têm desestimulado qualquer conversa nesse sentido entre lideranças tucanas e democratas.
Apesar das palavras de incentivo do presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma fusão entre DEM e PSDB não está em pauta nos dois partidos. Interesses políticos no curto e médio prazos têm desestimulado qualquer conversa nesse sentido entre lideranças tucanas e democratas.
A eleição municipal aparece como entrave imediato, porque cada partido já tem metas diferentes para 2020. O problema não é único. Mesmo tendo como horizonte a disputa presidencial em 2022, a fusão encontra resistência.
Duas recentes decisões do Congresso que alteraram as regras para a próxima eleição - fim das coligações proporcionais e implantação da cláusula de barreira para os partidos - impulsionaram especulações sobre fusões partidárias.
No DEM, a resistência a uma fusão tem se mostrado maior do que PSDB. Um dos motivos é a participação da legenda no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O DEM tem três ministros - Saúde, Agricultura e Casa Civil - e muitos outros quadros alocados em escalões inferiores.
Maia e o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, também do DEM, são os nomes que se destacam como entusiastas da fusão. Já a ala do partido alinhada ao prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional da legenda, resiste sob o argumento de que a sigla hoje é maior que o PSDB e não há interesse em deixar a "união estável" com Bolsonaro para aderir ao projeto do PSDB com o governador João Doria em 2022. "Numa fusão, a gente teria que sair do governo ou eles embarcariam nele?", questionou um deputado do DEM ligado a Neto.
No PSDB as resistências parecem menores porque os tucanos tratam a fusão como uma incorporação do DEM ao PSDB. Ou seja, um processo em que os tucanos continuariam tendo protagonismo em relação ao parceiro histórico. O grupo mais entusiasmado é o de Doria. Ele e Maia têm mantido proximidade.
Entre os partidos pequenos, as discussões também estão emperradas. Até a Rede, de Marina Silva, que não conseguiu atingir a cláusula de barreira em 2018, não tem, no momento, planos concretos para se fundir. A ideia de uma união de forças encontra resistência em setores da sigla. Segundo um dirigente próximo a Marina, muita gente na Rede ainda tem "apego pela obra" porque o partido é novo, tem apenas três anos.
No ano passado, a legenda elegeu apenas uma deputada federal. Para atingir a cláusula de barreira, seriam necessários 1,5% de votos distribuídos por nove estados ou nove deputados eleitos em nove estados. As legendas que não obtiveram esse desempenho não estão recebendo dinheiro do Fundo Partidário e não terão espaço na propaganda gratuita no rádio e na TV.
No começo do ano, a Rede discutiu uma fusão com o Cidadania. Em março o partido rejeitou a união.
 
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