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Política

- Publicada em 30 de Agosto de 2019 às 03:00

Bolsonaro adia escolha para comando da PGR

Titular do MPF, Raquel Dodge deixará o cargo no dia 17 de setembro

Titular do MPF, Raquel Dodge deixará o cargo no dia 17 de setembro


/JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) confidenciou a amigos - entre eles, um governador - que adiará, por tempo indeterminado, a escolha do futuro chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo disseram duas fontes que acompanham o caso de perto. Neste momento, Bolsonaro tende a deixar que o subprocurador-geral Alcides Martins assuma a vaga que ficará aberta com a saída da titular, Raquel Dodge, em 17 de setembro.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) confidenciou a amigos - entre eles, um governador - que adiará, por tempo indeterminado, a escolha do futuro chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo disseram duas fontes que acompanham o caso de perto. Neste momento, Bolsonaro tende a deixar que o subprocurador-geral Alcides Martins assuma a vaga que ficará aberta com a saída da titular, Raquel Dodge, em 17 de setembro.
Se a atuação de Martins agradar ao governo, ele deve permanecer no cargo. Se não inspirar confiança, Bolsonaro deverá buscar um outro nome. Martins tem 70 anos de idade e, como vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), assume automaticamente a chefia do Ministério Público Federal (MPF) em caso de vacância do cargo.
Sem indicação formal e, claro, sem sabatina no Senado, Dodge terá que deixar o cargo e voltar a atuar como subprocuradora-geral a partir do próximo dia 18. Bolsonaro desistiu de indicar imediatamente um substituto para Dodge depois que os quatro "favoritos" ao cargo foram chamuscados por ataques de adversários antes mesmo de receberem um aceno público do presidente.
O processo de escolha do futuro procurador-geral da República, tido por Bolsonaro como um dos cinco cargos mais importantes em Brasília, está restrito a ele e ao secretário-geral da Presidência, Jorge Oliveira, major reformado da PM do Distrito Federal. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, está excluído das consultas. O núcleo militar também perdeu influência nas discussões sobre o assunto.
A fritura dos favoritos de Bolsonaro começou há três semanas. Antes favorito ao cargo, o subprocurador Augusto Aras perdeu pontos no Palácio do Planalto após ser alvo da artilharia de parlamentares do próprio partido do presidente, o PSL, que o classificaram como "esquerdista". 
Bolsonaro se voltou, então, para o subprocurador Paulo Gonet, católico, conservador e afinado com as pautas ideológicas do governo. Não demorou muito e Gonet também foi alvo de informações negativas.
Depois, Bolsonaro chamou o subprocurador Bonifácio Andrada para uma conversa no Palácio do Planalto. Com formação militar e vinculado à Opus Dei há mais de 30 anos, Bonifácio é considerado de perfil conservador. Porém adversários difundiam a informação de que ele era ligado ao deputado Aécio Neves (PSDB-MG), ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot, de quem foi vice-procurador-geral.
Quando soube desses detalhes, Bolsonaro riscou o nome o Andrada e elevou o subprocurador Antonio Carlos Simões Martins Soares à condição de número um na disputa pela PGR. Pouco antes do anúncio previsto, porém, começaram a surgir informações sobre o histórico do subprocurador. Soares foi acusado de se aposentar antes do tempo de serviço necessário e até de falsificar a assinatura do próprio advogado em uma queixa-crime que moveu em 1990 contra uma mulher por supostas declarações difamatórias dela. As acusações tiraram Soares do páreo, pelo menos por enquanto. 
 
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