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Política

- Publicada em 25 de Julho de 2019 às 03:00

Suspeitos de hackear Moro são de Araraquara

Os quatro presos pela Polícia Federal na terça-feira (23) sob suspeita de um suposto ataque hacker contra autoridades, entre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro, têm entre 25 e 33 anos e são naturais de Araraquara (a 278 quilômetros de São Paulo), mas viviam em cidades diferentes.

Os quatro presos pela Polícia Federal na terça-feira (23) sob suspeita de um suposto ataque hacker contra autoridades, entre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro, têm entre 25 e 33 anos e são naturais de Araraquara (a 278 quilômetros de São Paulo), mas viviam em cidades diferentes.

Na decisão em que autorizou a prisão temporária dos suspeitos, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, afirma que há "fortes indícios" contra eles. O magistrado diz que os sinais são de que eles "integram organização criminosa para a prática de crimes e se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades brasileiras via invasão do aplicativo Telegram".

Os presos, de forma temporária, se chamam Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Danilo Cristiano Marques e Walter Delgatti Neto. O juiz determinou a quebra do sigilo bancário deles no período de 1 de janeiro a 17 de julho deste ano e o bloqueio acima de R$ 10 mil em suas contas.

A Folha de S.Paulo fez uma pesquisa de imóveis e terrenos dos quatro em cartórios do estado de São Paulo, mas não foram localizados registros em seus CPFs.

Veja quem são os presos:

> Gustavo Henrique Elias Santos, 28 anos

Preso na zona sul de São Paulo, Gustavo era conhecido como DJ Guto Dubra em Araraquara. Ele organizava a festa Harlem Shake (um tipo de música eletrônica que foi fenômeno em 2013) em cidades no interior de São Paulo. No discurso e nos créditos de um dos vídeos de um do seu perfil do YouTube, menciona apoio do ex-vereador Ronaldo Napeloso, investigado pela Polícia Federal e condenado por lavagem de dinheiro e fraude processual em 2017.

Um DJ que era seu amigo e preferiu não se identificar, disse que a prisão de Gustavo foi um choque para as pessoas que o conheciam e o viam tocar em festas da cidade. "Ele tocava em todas as baladas da cidade. A notícia da prisão foi um choque para todo mundo", afirmou à reportagem um DJ amigo de Gustavo, que preferiu não se identificar. Gustavo já foi preso por ter receptado uma caminhonete Hilux em 2013.

Julgado em 2015, foi condenado a cumprir seis anos e seis meses em regime semiaberto. O advogado Ariovaldo Moreira, que também o defende no caso do ataque hacker, recorreu e pediu redução da pena. Assim, Gustavo passou ao regime aberto. Gustavo movimentou R$ 424 mil entre 18 de abril de 2018 e 29 de junho de 2018, tendo uma renda mensal de R$ 2.866,00.

> Suelen Priscila de Oliveira, 25 anos

Era mulher de Gustavo Elias Santos e também foi presa em São Paulo, no mesmo endereço dele, na zona sul. Suelen movimentou, segundo documento judicial, R$ 203 mil de 7 de março a 29 de maio de 2019, sendo que sua renda mensal registrada seria de

R$ 2.192,00.

> Walter Delgatti Neto, 30 anos

Conhecido como "Vermelho". Preso em Ribeirão Preto (a 313 quilômetros de São Paulo), se apresentava como uma "pessoa influente" de Araraquara. Dizia ser investidor e afirmou, pelo menos uma vez, ter conta bancária na Suíça. Também fingia ser aluno de medicina da USP, o que não era verdade.

Delgatti foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua casa, também em 2015, depois que uma garota de 17 anos, então namorada de seu irmão, o acusou de tê-la dopado e estuprado - ela depois refez seu primeiro depoimento.

Em sua página no Twitter, fazia críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a Sérgio Moro. Chegou a responder ao coordenador da Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol, sobre como identificar se o conteúdo vazado do seu celular era verídico. Compartilhava páginas de sites ligados à esquerda, mas era filiado ao DEM desde 2007.

> Danilo Cristiano Marques, 33 anos

Preso em Araraquara, tinha uma microempresa que fazia "comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação". O nome fantasia era "Pousada e Comércio Chatuba". Foi motorista de Uber e nega ter participado da ação hacker.

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