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Política

- Publicada em 15 de Julho de 2019 às 00:41

Gasto de gaúchos é de R$ 2,7 milhões em três meses

O maior volume de gastos no período pertenceu à deputada Maria do Rosário (PT)

O maior volume de gastos no período pertenceu à deputada Maria do Rosário (PT)


/EVARISTO SA/AFP/JC
Lívia Araújo
As despesas de gabinete dos deputados federais gaúchos eleitos em 2018, em apenas três meses de legislatura, já chega ao montante de R$ 2.733.174,94 em despesas ressarcidas da chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap). Esse dinheiro - que vem do contribuinte - é usado para pagar despesas de telefonia, correios, aluguel de automóveis, alimentação dos parlamentares e passagens aéreas.
As despesas de gabinete dos deputados federais gaúchos eleitos em 2018, em apenas três meses de legislatura, já chega ao montante de R$ 2.733.174,94 em despesas ressarcidas da chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap). Esse dinheiro - que vem do contribuinte - é usado para pagar despesas de telefonia, correios, aluguel de automóveis, alimentação dos parlamentares e passagens aéreas.
Os gastos - realizados pelos 31 deputados da bancada e também por outros três que deixaram o mandato para assumir ministérios ou secretarias de estado, são 17,5% menores do que os registrados de janeiro a abril de 2015, quando começou o mandato dos parlamentares eleitos em 2014. O levantamento foi feito pelo Jornal do Comércio com base nos dados disponíveis na Câmara dos Deputados.
As despesas da cota parlamentar são classificadas em 18 diferentes categorias. No caso da bancada gaúcha, os seis maiores gastos foram com a emissão de passagens aéreas: R$ 790.125,86 até agora; divulgação da atividade parlamentar, com R$ 510.073,72; a manutenção de escritório de apoio (local mantido normalmente no domicílio eleitoral do deputado) já consumiu R$ 465.341,11; o aluguel de automóveis custou R$ 371.804,33; e os gastos com combustíveis foram de R$ 273.363,15 até agora. São justamente os custos relacionados a transporte os mais altos da casa mensalmente, independente do estado.
Nesse período, o maior volume de gastos pertenceu à deputada Maria do Rosário (PT), que ressarciu da cota um montante de R$ 143.858,55; o menor gasto reembolsado foi do deputado federal em primeiro mandato Marcel Van Hattem (Novo), com R$ 13.991,16.
Cada um dos 513 deputados federais dispõe, mensalmente, de uma cota parlamentar variável por Estado. No caso do Rio Grande do Sul, o valor total por mês, por deputado, é de R$ 40.875,90. O parlamentar envia a nota fiscal da despesa para a Câmara em um prazo de até 90 dias e recebe o reembolso correspondente ao valor. Quando há erro (por exemplo, o valor da refeição é inferior ao valor da nota, o deputado precisa repor o dinheiro reembolsado a mais). O valor gasto pelos deputados de janeiro a abril deste ano representa 72% do valor total que poderiam ter utilizado no período.
O dinheiro destinado pela Câmara à cota parlamentar não faz parte do salário dos deputados federais, que é atualmente de R$ 33.763,00, sem contar o auxílio-moradia de R$ 4.253,00 para aqueles que não ocupam apartamento funcional.
O salário-mínimo nacional é, atualmente, de R$ 998,00, e o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos do brasileiro foi de R$ 2.178,00 em 2017, segundo a mais recente pesquisa Rendimento de todas as fontes, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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