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Política

- Publicada em 04 de Julho de 2019 às 21:35

Após saída de Paim, executiva do PP se reúne com Marchezan nesta sexta

Diego Nuñez
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) quer ouvir a executiva municipal do PP nesta sexta-feira, em meio à piora na relação com a sigla. A exoneração de quadros do partido, inclusive no primeiro escalão, causou descontentamento no PP. O último caso foi do vice-prefeito, Gustavo Paim (PP), que deixou a Secretaria de Relações Institucionais na quarta-feira.
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) quer ouvir a executiva municipal do PP nesta sexta-feira, em meio à piora na relação com a sigla. A exoneração de quadros do partido, inclusive no primeiro escalão, causou descontentamento no PP. O último caso foi do vice-prefeito, Gustavo Paim (PP), que deixou a Secretaria de Relações Institucionais na quarta-feira.
Segundo o vereador João Carlos Nedel (PP), a previsão é de que o encontro aconteça na tarde desta sexta, a convite do próprio prefeito, que deve sair em viagem nos próximos dias. "Vamos analisar como vamos superar isso (saída de quadros do PP) e qual a decisão do prefeito para nos compensar", disse Nedel. Segundo o vereador, "essa secretaria (de Relações Institucionais) tem relação com a Câmara e com os conselhos regionais, que são como subprefeituras... Mas isso discutiremos dentro do partido", complementou.
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O diretório municipal do PP se reunirá na próxima terça-feira. Nedel, porém, nega que a discussão passe pela pauta da ruptura com Marchezan. "Vamos convocar o diretório para ver tudo o que está sendo feito pela executiva na nossa administração. Não nos passou pela cabeça qualquer deliberação sobre ou ficar ou sair da administração, porque fomos eleitos, somos a chapa, eleita, não temos como sair", pontuou.
A presidente da Câmara, vereadora Mônica Leal (PP), reitera a posição. "Avalio tudo o que está acontendo como um grande equívoco do PSDB e do prefeito, porque o PP não está no governo, o PP é governo. Conhece uma chapa de uma pessoa?", indaga.
Para ela, as recentes ações da prefeitura deixam claro que o prefeito quer beneficiar "partidos que lá atrás não fizeram a campanha dele, e que agora ele considera que precisam de espaços". Segundo Mônica, Marchezan não mira as eleições de 2020: "É um equívoco achar que é por o PP ter pré-candidatos à prefeitura. Todos têm".
As críticas de quadros do PP sobre falta de diálogo com a prefeitura são "descabidas", segundo o vice-líder do governo na Câmara, Moisés Barboza (PSDB). "Falar que não há diálogo com o governo é injusto, afinal o vice é do PP. Se há um problema de diálogo, é um problema de comunicação interna do PP", frisou. O vereador disse não querer comentar um assunto exclusivo de uma sigla da qual não faz parte. Contudo, lembra que Paim foi diversas vezes à Câmara "tentar explicar a importância de determinados projetos" e sair com "as expectativas frustradas".
O choque que abalou a relação entre PP e PSDB aconteceu no ano passado, quando três dos quatro vereadores do PP votaram contrariamente ao projeto que definiram como "aumento do IPTU". A rachadura cresceu neste ano com a saída de Maurício Fernandes (PP) do cargo de secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade em 7 de junho. Os vereadores do PP afirmam que as exonerações foram uma retaliação por conta do posicionamento contrário ao novo IPTU.
A prefeitura de Porto Alegre informou que não irá se manifestar sobre o assunto.
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